18/03/2021 às 10h56min - Atualizada em 18/03/2021 às 10h56min
Polícia Civil deflagra “Operação Hefesto” e apreende quase 1 tonelada de fios de cobre furtados em Macapá/Ap.
Devido a quantidade de furtos de fiação de rede de telecomunicação que estavam acontecendo, a Polícia Civil decidiu coibir essa prática através do crime secundário, que é a receptação.
Nessa quarta-feira, 17, a Polícia Civil do Amapá, por meio da 9ª Delegacia de Polícia da Capital, deflagrou a “Operação Hefesto”, com o objetivo de cumprir cinco mandados de busca e apreensão domiciliar em sucatarias e recicladoras localizadas em Macapá, que adquirem cobre de origem ilícita.
De acordo com o Delegado Nixon Kenedy, devido a quantidade de furtos de fiação de rede de telecomunicação que estavam acontecendo, a Polícia Civil decidiu coibir essa prática através do crime secundário, que é a receptação.
“Em razão da facilidade de venda desse tipo de fiação, os furtos desse material estavam aumentando. Já identificamos e indiciamos algumas que praticaram o crime de furto. Decidimos combater essa prática através dos empreendedores do ramo de sucataria e recicladora, que são os compradores desse produto ilícito e, portanto, praticam o crime de receptação qualificada, que, inclusive, é inafiançável”, explicou o Delegado.
O Delegado ressaltou ainda que o furto desse tipo de fiação gera um prejuízo financeiro altíssimo para as operadoras, bem como um prejuízo imensurável para a sociedade, que é a usuária do sistema de telecomunicação. Há cerca de 10 dias, um bairro inteiro ficou por 12 horas sem sinal de internet e telefone, gerando inúmeros transtornos aos moradores do local.
Durante a ação, cobre já derretido pertencente à mesma operadora de telecomunicação foi encontrado e apreendido em três lugares onde os mandados foram cumpridos. Cerca de 500 quilos de cobre já derretido foram apreendidos e duas pessoas foram presas em flagrante por manterem material ilícito em depósito.
Ainda na tarde desta quarta-feira (17), em outra sucataria mais 450 kg do mesmo material foram apreendidos, no bairro Renascer, zona Norte de Macapá.
“Os proprietários de duas empresas foram presos por serem os responsáveis pela definição da forma de aquisição desses materiais. Verificamos que o material é adquirido de forma indiscriminada, sem informações de quem está vendendo-o e o empreendedor precisa saber a origem do que adquire. Os vendedores são moradores de rua, dependentes químicos e pessoas que praticam furtos recorrentes”, finalizou Kenedy.
As duas pessoas presas foram encaminhadas a audiência de custódia. O nome da operação faz alusão ao Deus da metalurgia e dos metais.