Os números de casos confirmados, internações e óbitos têm aumentado assustadoramente no Amapá, segundo os boletins epidemológicos divulgados de terça-feira, 16, a esta quinta-feira, 18, foram registradas 2.234 pessoas com diagnóstico positivo para o vírus.
Na segunda-feira (15) 316 casos foram confirmados em todo o estado. Já na terça-feira, 16, o número subiu para 755, representando um aumento de 138%. Na quarta, 17, os casos se mantiveram altos com 704 positivados, e nesta quinta, 18, o boletim informou mais 775 confirmações de infecção.
Se comparar o mesmo período da semana anterior, terça (9), quarta (10) e quinta (11) somam 1.216, representando um aumento de 54% de diagnósticos positivos.
Dos 2.234 casos positivos registrados nos últimos três dias, 1.029 são em Macapá e 804 em Santana. Um dos fatores que contribui para esse salto de casos é o baixo índice de isolamento social, que mesmo com medidas mais duras tem sido insatisfatório. Aglomerações ocasionadas por movimentos de manifestação também pioram os índices.
“Uma das questões que levou ao aumento da disseminação do vírus novamente foi o fato de o povo ter acreditado que a doença estava sendo exterminada e desrespeitou as medidas de isolamento social e higiene pessoal. Outra pode ser a nova cepa que tem se mostrado mais agressiva e com maior índice de infestação”, avaliou a médica e coordenadora da equipe clínica da SVS, Maylin Rodriguez.
As internações também apresentam uma crescente. De segunda à quinta, foram registradas 22 novas hospitalizações. Segundo o último boletim epidemiológico, a taxa de ocupação dos leitos voltados para o atendimento da covid-19 no Amapá é de 89,50%.
Considerando o mesmo período desta semana, foram registrados 25 óbitos. Se comparado a semana anterior, os óbitos apresentaram um aumento de 212% - um salto três vezes maior em 7 dias.
Na terça-feira, 16, o governador do Amapá, Waldez Góes, anunciou o lockdown em todo o estado após os últimos relatórios epidemiológicos indicarem aumento nos números, dados que foram confirmados pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp) – dispositivo do Estado que gerencia a crise sanitária no estado.