21/03/2021 às 15h03min - Atualizada em 21/03/2021 às 15h03min

Índia deve atrasar entrega de vacinas ao Brasil, diz agência.

Eram previstas 8 mi de doses. Instituto Serum vai adiar envios. Prioridade é imunização interna

Com informações poder360
Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil

O envio de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford para o Brasil pelo laboratório indiano Instituto Serum vai atrasar, afirma a agência de notícias Reuters. Os novos envios devem demorar mais do que o esperado por demandas internas.

Entre os motivos está o desejo da Índia de acelerar a imunização de sua população depois de pressiona da opinião pública. Segundo dados do Our World in Data, o país vacinou apenas 11,6 milhões de pessoas até este sábado (20.mar.2021). A Índia tem 1,353 bilhão de habitantes.

Com isso, entregas para o Brasil, Arábia Saudita e Marrocos serão afetadas. O governo brasileiro esperava receber nos próximos meses 8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca do laboratório indiano. As remessas seriam divididas em lote de 2 milhões de doses de abril a julho, segundo o último cronograma de recebimento de vacinas do Ministério da Saúde.

Novas datas não foram informadas. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) espera receber o cronograma do Instituto Serum em abril. A fundação tem o acordo com o laboratório indiano e com a AstraZeneca para a distribuição e produção da vacina no país.

Para evitar grandes atrasos, o Instituto Serum, segundo apurado pela Reuters, irá expandir sua capacidade produtiva. O laboratório quer aumentar sua produção mensal para 100 milhões de doses até maio. Atualmente, a produção é de até 70 milhões de doses.

Outras remessas

Neste domingo (21.mar), o Ministério da Saúde vai receber pouco mais de 1 milhão de doses da vacina da AstraZeneca do Covax Facility. É o 1º lote entregue ao governo brasileiro pela aliança global criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O governo espera mais 1,9 milhão de vacinas até o fim de março e outras 6,1 milhões de doses até maio. As datas exatas ainda não foram divulgadas. Atrasos são possíveis, segundo o contrato do Ministério da Saúde com o consórcio.


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