24/03/2021 às 17h54min - Atualizada em 24/03/2021 às 17h54min
Novo ministro da Saúde promete vacinar 1 milhão de pessoas por dia
A média atual é de 300 mil doses diárias
Com informações valor econômico
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prometeu hoje que "em breve" o país irá vacinar 1 milhão de pessoas por dia. A média atual é de 300 mil doses diárias. Em coletiva no Planalto, Queiroga relatou que teve autonomia para montar sua equipe e que criará uma secretaria especial voltada especificamente ao combate à pandemia.
“A determinação do presidente é ampliar esse número de vacinação. Temos condições de vacinar muitas pessoas. Hoje, vacinamos 300 mil pessoas por dia. Assumo o compromisso de, em curto prazo, aumentar em pelo menos três vezes essa velocidade de vacinação para 1 milhão de vacinados por dia. Pode ser até mais, mas não quero me comprometer”, afirmou o ministro, que diz ter dados de que 95% da população quer ser vacinada.
Nomeado ontem para o cargo, Queiroga já definiu os principais nomes para a sua equipe. Seu secretário-executivo será Rodrigo Castro, atualmente servidor do Ministério da Economia.
Na nova estrutura, o ministério contará com uma secretaria especial que funcionará 24 horas por dia lidando especificamente com o combate à pandemia, prometeu. “A população requer que o Ministério da Saúde fique 24 horas de prontidão para cuidar da pandemia”, acrescentou o ministro.
Queiroga voltou a enfatizar o papel do SUS e garantiu que se guiará pela Ciência, mas sem esclarecer se apoiará o uso de medicamentos sem comprovação científica, como defende o presidente Jair Bolsonaro.
“Os instrumentos que usamos para a medicina são a ciência e o humanismo. Essa não é uma tarefa só para um ministério, mas interministerial”, disse. “A grande ferramenta para a concretude das políticas públicas é o SUS. O SUS prescreve que saúde é um direito de todos e um dever do Estado, que é garantido por meio de políticas sociais e econômicas”.
Queiroga ressaltou ainda que considera “uma grande responsabilidade” assumir o ministério em meio à pandemia e garantiu ter sido um pedido seu que a posse no cargo ocorresse em cerimônia reservada, como aconteceu ontem. Também destacou que foi convidado para o cargo porque Bolsonaro queria um médico no posto.