Rubens Villar Coelho teria ainda ligação direta com os dois irmãos presos pela PF: Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Um tio de Amarildo, que atua como líder comunitário, também é apontado como “funcionário” de Colômbia.
Dom e Bruno foram executados a tiros, em 5 de junho, na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo da Costa de Oliveira, 41, ou Pelado; Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha; e Oseney da Costa de Oliveira, 41, conhecido como Dos Santos, estão presos.
As vítimas
Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Em 2019, após combater mineração ilegal em terras indígenas, Bruno foi dispensado do cargo de chefia.
A exoneração do servidor ocorreu na época em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.
O indigenista estava licenciado da Funai e integrava o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).
Bruno era alvo constante de ameaças, devido ao trabalho desempenhado junto aos indígenas, contra invasores.
Dom Phillips era jornalista colaborador do veículo britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador.
Com apoio da Fundação Alicia Patterson, Phillips trabalhava em um livro sobre meio ambiente.
Além do Guardian, Phillips já havia publicado textos no Financial Times, no New York Times, no Washington Post e em agências internacionais de notícias.