A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) está monitorando e investigando um caso isolado de uma família que veio do município de Breves, no interior do Pará, diagnosticada com a doença de Chagas.
De acordo com o Centro de Informação Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), as cinco pessoas, uma criança de 2 anos, um adolescente e três adultos, são da Zona Sul de Macapá, e foram diagnosticadas após atendimento da rede pública de saúde.
A criança e o adolescente apresentaram sintomas na semana passada, e seguem internadas no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) com quadro estável. Já os adultos procuraram uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na terça-feira, 12, e foram encaminhados para o Centro de Referência de Doenças Tropicais (CRDT) do Estado.
A superintendente em exercício da SVS, Claudia Monteiro, explicou que a família havia acabado de chegar do interior do Pará, onde consumiu açaí supostamente contaminado, o que tornou inviável a inspeção do alimento.
"O trabalho da vigilância ambiental visa identificar a fonte de infecção e interromper a cadeia de transmissão da doença. Apesar de não termos conseguido fazer a coleta para análise do alimento, estamos monitorando os casos e prestando assistência à família”, ressaltou Claudia.
Conforme protocolo, a SVS emitiu um comunicado epidemiológico para o Ministério da Saúde e outros órgãos de Saúde de Macapá.
Esse ano, o Amapá registrou 173 casos suspeitos da doença de Chagas. Desse total, 22 foram confirmados. Macapá notificou 19, e Santana foram três diagnósticos. Os casos são autóctones (infectados no próprio estado) e importados, oriundos de outros estados.
Doença de Chagas
A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, cujo principal vetor é o inseto "barbeiro" contaminado. Ele funciona como uma espécie de intermediário entre o protozoário e o ser humano. O inseto pica um animal silvestre infectado e depois transmite a doença para as pessoas.
Nos casos suspeitos de doença de Chagas, a pessoa pode ser assintomático ou apresentar febre persistente (por mais de sete dias), com uma ou mais das seguintes manifestações clínicas:
Com informações Ascom/Gea