Um quadro, segundo os médicos que o atenderam, praticamente irreversível porque o músculo cardíaco estava entrando em necrose por falta de irrigação, “os médicos Dr. Alfaia e Dr. Gleyson, disseram que o quadro do papai era incompatível com a vida e que a última tentativa seria a injeção de trombolíticos diretamente no coração para tentar ativar alguma irrigação, mas que não teriam como garantir nada, saímos arrasados e o papai desenganado”.
Ainda no sábado, ás 18hs o Dr. Alfaia ligou para informar a família que o desembargador estava com uma pneumonia por aspiração (causada pelo processo de ressuscitação) e que o quadro estava piorando.
No domingo pela manhã, os médicos ligaram dizendo que Constantino tinha apresentado uma pequena melhora e que estavam com resposta cardiovascular, ainda bem pequena, mas o suficiente para mantê-lo estável.
“No domingo à tarde o Dr. Alfaia nos ligou dizendo que o papai estava melhorando rapidamente e que ele não sabia ao certo qual seria a causa. Ele estava surpreso com isso e que se o papai melhorasse até a segunda-feira pela manhã ele iria para a cirurgia verificar o estrago e ver o que poderia ainda ser feito”, ressalta o filho.
Na segunda-feira pela manhã o desembargador foi encaminhado para fazer os exames pré-operatórios e no cateterismo a surpresa para a equipe médica e a família, “o papai já não apresentava nenhuma obstrução da coronária… os coágulos sumiram. Eles não se deslocaram… eles simplesmente sumiram, o lado esquerdo do papai começou a funcionar novamente, segundo o Dr. Alfaia, foi a primeira vez que ele viu isso acontecer. Ele não sabe explicar como ocorreu a desobstrução da parte necrosada da coronária e como o coração voltou a bater, papai nem colocou stentes, nem balão e nem precisou de cirurgia, isso foi um milagre, meu pai saiu do quadro crítico-terminal para mediano-estável”, conta emocionado.