No vídeo, com várias visualizações, o professor faz uma análise sobre, o que ele chama, de pacote de maldades do prefeito Ofirney Sadala. O ponto principal é o atraso no pagamento de salários o que, para ele, com o total de recursos repassados, não tem justificativa.
Segundo Guedes o recurso utilizado para o pagamento dos trabalhadores da educação vem do Fundo de manutenção e Desenvolvimento da Educação (Fundeb), do governo federal. Em dezembro a PMS recebeu R$ 4.483.020,10 do fundo, em janeiro foram dois repasses que, juntos, somam mais de R$ 2 milhões e até o final de janeiro um valor estimado em R$ 2 milhões será repassado.
“Como podemos ver, só de recursos repassados para a conta da PMS, são mais de R$ 6.700 milhões, não há justificativa para termos funcionários passando por dificuldades por não receberem seus salários, é falta de responsabilidade da atual gestão, o município tem recurso, o que não tem é planejamento”, ressaltou.
Sérgio afirma que tem defendido, junto a classe de educação várias pautas de reivindicações, “tenho falado, desde o início da minha gestão, que precisamos debater um plano de educação para Santana, calendário de pagamentos, data base, promoções e, principalmente o concurso público, precisamos deixar claro que a nossa classe é unida e que reivindicamos nossos direitos”.
Sindicato
Para presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Santana, José Conceição, a situação do funcionalismo é grave e o SSMS vai ás ruas para reivindicar os direitos que não estão sendo respeitados.
A manifestação será na segunda-feira, a partir das 08h e o presidente está convocando os sindicalizados e servidores em geral, principalmente aqueles que estão com os salários em atraso, para o ato, “vamos nos organizar e vamos até a prefeitura em manifestação pública, um ato de repúdio, contra essa falta de respeito com que o funcionalismo municipal está sendo tratado pelo prefeito Ofirney Sadala, vamos nos unir para obter os diretos que estão sendo tolhidos pelo prefeito”, declarou José Conceição.
Nota de repúdio de um dos professores de Santana
SITUAÇÃO DE HUMILHAÇÃO QUE OS SERVIDORES MUNICIPAIS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA ESTÃO VIVENDO EM 4 ANOS DE GESTÃO DO PREFEITO OFIRNEY
NOTA DE REPÚDIO
Bom dia, hoje mais um dia ao sair de casa tive que dizer aos meus filhos “hoje não terei como lhes dar o pão”, me corta o coração ter que ver o olhar de tristeza da minha família com a incerteza de ter ou não o que comer. O sentimento é de depressão e angústia pelos cobradores, pelas contas vencidas, pela vergonha que em 26 anos de prefeitura nunca havia passado, pelo desrespeito e desvalorização que estamos passando com 53 dias sem pagamento e sem a certeza de que ainda posso receber. Não entendo, não aceito o fato de que meus proventos vem de uma verba federal onde todo mês está na conta da prefeitura sem atraso, sem descontos e sem crise, e ainda assim desde dezembro até hoje o dinheiro nunca é suficiente para nos pagar, e o prefeito deste municipal não tem a humildade e o compromisso de honrar com o mínimo da sua responsabilidade, não tem compaixão com os servidores, o massacre vem se arrastando por todo o seu mandato, todo mês desde o começo do mandato vivemos uma era de incertezas, de angústias sem saber se vamos receber com 30 ou 60 dias, e nem justiça, nem vereadores conseguem enxergar o desespero e sofrimento dos servidores públicos do município de Santana.
Quero pedir a sociedade Santanense que sejam solidários às famílias desses servidores que hoje se encontram em situação de desespero, passam fome, doentes, desmotivados sem vontade pra trabalhar.
Deixo aqui meu repúdio aos massacres vindos da gestão do município, que Deus olhe por todos nós e que a justiça divina seja feita o quanto antes.
Professor Aroldo Valente