Adilenaide Feitosa, dona de um desses restaurantes, contou para a reportagem do Jornal A Gazeta que a reivindicação é, na realidade, uma forma de chamar a atenção do prefeito Clecio, “temos a informação que a inauguração será na sexta-feira, 20, a informação que nos repassaram é que o nosso espaço, para lanchonetes, cafés e pequenos restaurantes, será no andar de cima, um local que não comporta restaurantes”, explicou.
A empreendedora afirma que o espaço é muito pequeno para o número de clientes que ela e outros donos de restaurantes atendem, “o espaço que nos reservaram é pequeno, nós temos muitos clientes, fico imaginando o que vai acontecer no horário das refeições quando a quantidade de pessoas é maior, impossível no local onde querem nos colocar”.
Adilenaide conta que, em conversa com o prefeito, receberam a promessa que voltariam a ocupar os mesmo locais dentro do mercado após a reforma do espaço, “prefeito Clecio disse que nós voltaríamos para o mesmo local, mas agora veio essa informação, estamos reivindicando o nosso direito, queremos que o prefeito venha conversar conosco”.
Outra informação que foi repassada para os empreendedores é que o espaço do primeiro andar será utilizado por lojas que comercializam ervas e artesanatos porque, por ser muito quente não é ideal para restaurantes e lanchonetes, “não acho que o local é quente, sempre utilizamos o espaço sem termos qualquer tipo de problema, queremos que o prefeito venha conversar com a gente e nos diga o porquê dessa troca”, finalizou.
Obra atrasada
A Secretaria Municipal de Obras (Semob) havia previsto a entrega da obra para setembro, no entanto a falta de equipamentos de acessibilidade, como elevador e a instalação de gás encanado e itens de combate a incêndio, fez com que a secretaria mudasse a data da entrega para novembro.
A última data venceu no dia 15 de novembro e a obra, mesmo com 98% concluída, não foi entregue, a desculpa foi a falta de detalhes na finalização, como a estrutura elétrica e a instalação de equipamentos de acessibilidade.
Durante a semana os empreendedores foram informados que a inauguração do Mercado Central será feita na sexta-feira, 20, quando receberão os box para comercialização.
O Mercado
Inaugurado em 1953, o Mercado Central está em obras desde 2015, com uma série de entregas adiadas. A intervenção deve custar mais de R$ 3,6 milhões aos cofres públicos, financiados pelo Fundo Calha Norte através de um convênio com a prefeitura da cidade.
Construído em frente à Fortaleza de São José, o Mercado Central se tornou um tradicional ponto do comércio de alimentos e produtos diversos. Assim que entregue, o espaço vai receber 70 empreendimentos, entre lanchonetes e restaurantes.