Dezembro é o mês dedicado à intensificação das ações de combate e prevenção da Aids em todo o país. No Amapá, as atividades do “Dezembro Vermelho” buscam alertar para as formas de evitar a contaminação pelo vírus HIV, principalmente entre os adolescentes e jovens, faixa que registrou 305 casos desde 2018.
As ações públicas, organizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) iniciam neste domingo (1º) com oferta de testagem rápida de dicas para evitar a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).
A atividade acontece a partir de 16h30 no Parque do Forte. Na segunda-feira (2), a SVS realiza um seminário voltado a representantes sociais, de saúde, líderes comunitários e educadores, com objetivo de discutir políticas de enfrentamento à Aids.
Desde 2018 até o momento, foram notificados mais de 400 casos em todas as faixas etárias. A taxa de mortalidade está em 4,4 mortes por Aids a cada 100 mil habitantes, semelhante à média nacional. Em relação à capital, Macapá ficou com 6,6 mortes.
Em outros indicadores, o estado tem número acima da média do país, como a taxa de HIV em gestantes, com 3,1 casos a cada 1 mil nascidos vivos. Nos últimos 10 anos, em relação a todas as faixas etárias, o Amapá teve aumento de 46,2% na taxa de detecção de Aids.
O estado está na frente de outro indicador negativo: a taxa de detecção da doença entre os menores de 5 anos, com 13,2 casos a cada 100 mil habitantes. A média nacional ficou em 1,9.
Diferença entre HIV e Aids
Viver com o HIV é diferente de ter Aids. HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Ele ataca principalmente células do sistema de defesa chamadas CD4 e nos torna mais vulneráveis a outros vírus, bactérias e ao câncer.
No entanto, a maioria das pessoas que têm HIV não têm Aids porque no Brasil o tratamento com remédios chamados antirretrovirais é universal e acessível pelo SUS. As pessoas com HIV e que se tratam têm a mesma expectativa de vida das pessoas que não têm o HIV.
Apenas as que não se tratam ou sofrem algum tipo de problema na terapia não conseguem reduzir essa replicação e desenvolvem Aids, que a síndrome da imunodeficiência adquirida, um conjunto de sinais e sintomas relacionados à falência do sistema de defesa, caracterizada por uma série de infecções oportunistas e câncer.