É uma doença crônica, inflamatória das vias aéreas, que pode ser alérgica ou não, e geralmente reversível. Pode acometer tanto adultos quanto crianças.
2. Quais os gatilhos da Asma?
Os fatores que contribuem para agravar ou desencadear as crises são o contato com ácaros, fungos, pólen, poeiras, animais de estimação, infecções virais, fumaça de cigarro, poluição ambiental, exposição ao frio e labilidade (instabilidade) emocional.
3. Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico é basicamente feito na consulta, pelos sinais e sintomas referidos pelo paciente, associado ao exame físico e auxiliado pelo exame de função pulmonar.
4. Quais suas complicações?
Ter a capacidade respiratória reduzida para as atividades do dia-a-dia, insônia, tosse persistente, hospitalizações frequentes por crises severas de asma, alteração irreversível da anatomia pulmonar.
5. Existe tratamento para a doença?
Sim, é uma associação de tratamento não medicamentoso e medicamentoso, o qual é feito pelo uso dos dispositivos inalatórios com anti-inflamatórios (sendo principalmente os corticosteróides inalatórios e os broncodilatadores).
6. O paciente asmático fica curado?
O paciente asmático tem controle, mas não fica curado, pode ter longos períodos sem crises, e o principal objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida.
7. A bombinha vicia?
Não, a bombinha é o tratamento de escolha para o controle da crise de asma.
8. Bombinhas fazem mal para o coração!?
Não, as primeiras medicações usadas, eram broncodilatadores, que tinham substâncias que produziam como efeito colateral, a taquicardia (batimento acelerado do coração). Com a evolução das drogas e de novos dispositivos, esse sintoma diminuiu consideravelmente e em alguns casos sumiu.
9. Faça suas considerações finais.
A maioria dos asmáticos pode ter uma vida normal, exatamente igual a de pessoas da mesma idade que são saudáveis e não tem asma. A grande maioria dos asmáticos não precisam se privar de nada. Para tanto, basta apenas seguir algumas regras:
– evitar o contato com gatilhos como poeiras, fumaças de cigarro, pelo de animais, mofo, pólens, poluentes no trabalho etc.
– usar diariamente a medicação controladora.
– Tratamento deve ser sempre individualizado, paciente deve saber identificar precocemente as suas crises e ter um plano de ação de acordo com a intensidade das crises.
– consultar seu pneumologista para manter o controle da doença.
Convidada
Leila Morais.
Pneumologista
CRM 513, RQE:230.
Formada pela UFPA.
Residência Médica pela UFPA/HUJBB.
Mestre em Ciências da Saúde pela Unifap.
Doutoranda em Saúde Coletiva pela UFSC (Universidade federal de Santa Catarina).