A apneia do sono se chama Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é o distúrbio respiratório do sono (DRS) mais comum, afetando cerca de 23,4% das mulheres e 49,7% dos homens da população em geral e pode ser classificada por sua apresentação em apnéias (obstrutivas, mistas e centrais) e hipopneias conforme a quantidade de eventos observados, sendo dividido pelo tempo de avaliação, resultando no índice de apneia-hipopneia (IAH).
2. Como essa Síndrome acontece?
É uma condição clínica que acontece pela obstrução da via aérea superior, levando o paciente a ter frequentes pausas respiratórias, que diminui a oxigenação do corpo, podendo causar ou agravar doenças cardiovasculares, como arritmia, hipertensão arterial sistêmica, infarto e insuficiência cardíaca congestiva, que causam grande impacto na vida do paciente.
3. Além de agravar as doenças cardiovasculares o que mais notamos em pessoas que possuem essa síndrome?
As pessoas portadoras de distúrbios do sono não conseguem dormir uma noite inteira, despertam cedo, possuem cansaço ao acordar, tem piora no ronco (em especial devido ao ganho de peso), sonolência diurna, irritabilidade e impotência sexual.
4. Como é feito o diagnóstico da apnéia do sono e como é realizado esse exame?
As diretrizes da American Association of Sleep Medicine recomendam o diagnóstico da apnéia do sono, através do exame de polissonografia de noite inteira, que é um exame não invasivo que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral (além de outros parâmetros) durante o sono. Esse exame pode ser realizado em laboratórios especializados ou em domicílio e é considerada o método padrão-ouro para o diagnóstico de DRS por registros gráficos de múltiplas variáveis fisiológicas ao longo do tempo de sono.
5. Você tem visto muitos pacientes do nosso estado com distúrbios do sono?
Sim. Principalmente aqueles que possuem comorbidades como a hipertensão arterial.
6. Após o diagnóstico do distúrbio do sono a qual tipo de tratamento o paciente é submetido?
Diversos recursos são utilizados na terapia da SAOS como dispositivo de avanço mandibular, cirurgia e a utilização de um aparelho que utiliza a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP); sendo este último considerado o melhor tratamento. O paciente dorme com uma máscara conectada a um aparelho semelhante a um compressor que fornece continuamente um fluxo de ar mantendo suas vias aéreas abertas durante o sono.
Para que o tratamento atinja seu objetivo é necessário um período de adaptação ao equipamento, gerando um sono seguro e confortável.
É fato que os avanços tecnológicos no diagnóstico e tratamento dos DRS têm criado equipamentos cada vez menores e mais acessíveis, com monitoramento remoto em tempo real – realizado por fisioterapeuta ou médico – laudo automático, sendo mais baratos, acessíveis e confiáveis, principalmente quanto ao rastreio em populações de risco, facilitando o diagnóstico.
Convidado da semana
Marcelo Cley de Lima Furtado
Fisioterapeuta.
Mestre em Ciências da Saúde. Especialista em Fisioterapia Cardiovascular e Terapia Intensiva.
Contatos:
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Instagram: @marcelocleydelima
@fisioreabilitare
Dr. Achiles: Médico Radiologista; Professor da Unifap; Mestre em Ciências da Saúde
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), atinge aproximadamente 30% da população mundial. É muito comum pessoas sofrerem com a doença e não serem diagnosticadas. Hoje no #vemcomigofalardesaude vamos conversar com o Fisioterapeuta Marcelo Furtado para saber mais sobre o assunto.