Um partido das esquerdas emocionadas entrou naquela corte solicitando anulação do decreto presidencial que retirava a sociedade civil ali presente, representada por ONG’s o acesso a dinheirama existente no Fundo Amazônico para programas de preservação e cuidados.
Sempre acreditei e vivi confiando que cabe ao executivo normatizar aplicação de recursos, como fazê-los e através de quem fazê-los.
Estava enganado.
Lá se vai mais tempo ainda, talvez coisa de 12 a 15 anos estando em Macapá e ali conhecendo um produtor e apresentador de um programa de televisão, que entrevistado, por Olímpio Guarani que assustado ouviu me dizer: “Há uma novidade na estrutura do nosso país que se não atentarmos para ela e não a refrearmos teremos problema em futuro não muito longo”. E disse claramente, nosso Supremo Tribunal Federal tem avançado em áreas e segmentos de outros poderes. Ele agora inclusive através de seus acórdãos tem produzido leis, coisa essa restrita ao Congresso Nacional.
Na ocasião eu me referia a legitimação que eles estavam dando e proferindo praticamente leis às uniões homo afetivas. Nada contra, não discuto absolutamente se certo ou errado, apenas que ali não era o lugar de se resolver isso. Me recordo os anos que a nação brasileira passou com a sociedade nacional clamando pela legalização do divórcio, até que apareceu um ilustre deputado/senador do Rio de Janeiro, Nelson Carneiro que contra todo o lobby da igreja Católica de então, conseguiu a duras penas a instituição dele no país. Para isso inclusive, teve que negociar uma enjoada moratória de dois anos, para ver se nesse período geraria algum arrependimento das partes, só após então acontecia a homologação separatista. Por isso, naquele programa coloquei minha estranheza que o Supremo colocasse na vida nacional algo que não era bem da conta deles.
Assim, em setembro, 26 de 2020, na minha participação, naquela “oitiva” coloquei com todas as razões que se discutia ali, inclusive também estando os três maiores bancos do país, um mundo de dinheiro (frase que usei), e no entretanto ninguém havia tocado nos povos que habitam a Amazônia, uma vez que tudo ali praticamente se referia a ela e eles, onde crianças sem carteiras estudam ajoelhadas. Não cuidei de acertos ou erros o decreto do presidente que estava sendo discutido a ser derrubado, mas sim que não existia nenhum planejamento para aplicação desses recursos, a não ser levar a vorazes mãos de ONG’s, ditas ambientalistas, que com certeza fariam o repasse para as grandes redes de comunicação para auxiliá-los na missão.
A minha maior reclamação é de que não havia nenhuma intenção de investir no povo que a ocupava, uma vez que eles que poderiam destrui-la ou preservá-la. Mas nada, na verdade todos estavam igual galinha do pescoço pelado, só queriam “milho”. Ninguém em nenhum momento, nem tendo sido apresentado ali o sucesso do investimento no setor de educação pela EMBRAPA, preocupou se com esta imissão aos povos amazônicos. Não adiantou ficar bem demonstrado que tal ensino foi a grande mola propulsora de todo o avanço do agronegócio.
Esses aninhos percorridos, desde esse diálogo de surdos promovidos em um plenário do Supremo em nada adiantou. Nenhuma responsabilidade aconteceu para com a coisa pública e acabou se atendendo ao clamor político de minorias que neste país vivem dos esforços do trabalho alheio. Nesta semana, o Supremo por 10/0 decidiu pela anulação do decreto e continuidade da orgia financeira.
Quanto a isso, com uma experiência que hoje penso ter adquirido, fico preocupado por ter vivido todos esses anos num país onde a minha geração já ultrapassada em tempos atuais, assiste a derrota dos sonhos, da honestidade e da necessidade nacional.
Perante tais questões não há tesão que se aguente. Lamento, depois disso não fiquei bom nem comigo mesmo e mais entristecido lembrando de meu pai, que sempre dizia: “Espero que jamais esta Nação conheça a ditadura judiciara”.
Ao procurarem justiça, corretos não foram…