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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > José Altino > DURA MIRATINGA
ColunistaJosé Altino

DURA MIRATINGA

José Altino
Ultima atualização: 13 de setembro de 2020 às 00:10
Por José Altino 5 anos atrás
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Frequentava a atividade mineral um cidadão que gostava de se intitular aventureiro nos negócios. Ele já se arriscara por todos os lugares, até do outro lado da fronteira. Olhava tudo e corria, totalmente subserviente, à uma companhia paulista para especular. Recordo-me bem que a garimpagem havia descoberto ouro na fronteira com a Colômbia, às margens do rio Traíra, e assim lá foi ele informar tal descoberta da riqueza e o quanto estava rendosa. Arranjava pedras de amostras encrustadas, as melhores possíveis para espião e, assim fazendo, induziu o tal empresário dono da mesma a embarcar não em só uma, mas em duas aventuras difíceis, uma no Caparro e outra no Traíra o rio, a oeste. Caparro fica naquela orelhinha de cachorro no mapa do Brasil, ao norte (mas, essa será outra história) mas, os dois, tanto um como outro em fronteira com a Colômbia.     

Os guaxebas da empresa, engajados na aventura, foram ao Traíra para retirar os garimpeiros. Bem armados, alguns egressos de forças militares, já chegaram correndo com todos. Foi “uma lenha”, como dizem. Nada adiantou reclamar, alegar direitos, descoberta do lugar, não teve acordo. Todo mundo para fora! Um garimpeiro das Minas Gerais, descobridor pioneiro do rico lugar, sentindo-se violado em seus direitos, chiou com vontade. Se os outros não segurassem, teria se suicidado, reagindo com ignorância. Ao final do bate-boca, botaram-no sozinho dentro da canoa para seguir rio abaixo…. Sem os remos! Ele reclamou mais ainda. Um geólogo da companhia, que deveria se conter nos limites da profissão, além de não intervir na bruta conversa das disputas da propriedade, foi um dos que mais maltratou o garimpeiro. 

E o mineiro contra argumentava como desceria o rio sem os remos, se a distância para Vila Bittencourt era de quase três dias. O geólogo, estendendo-lhe uma lata de sardinha vazia e bem pequena, disse-lhe que se virasse com aquilo. O garimpeiro teve sorte de não descer de bubuia, boiando correnteza abaixo, como faziam com vagabundos semelhantes. Acho que a briga terminaria ali se o diplomado não tivesse feito aquela ofensa. Normalmente, para chegar ao Rio Traíra, o pessoal subia o Solimões, Japurá, saía lá no Apaporis e entrava no Traíra. Uma droga de viagem de vinte, trinta dias, rios acima, em barco, até as cachoeiras; depois, só pequenas canoas, chamadas voadeiras.

A turma deu a volta por cima. Caminho inverso todo percorrido, subiram o Rio Negro, alcançando São Gabriel da Cachoeira. Isso significa, mais ou menos, viajar de Belo Horizonte a Brasília, seguindo via Porto Alegre, e voltar a Belo Horizonte. Fazendo isso entraram último rio afora, o Mariê, que seguiria até próximo às terras do Traíra, pela parte interiorana, pelas costas. Vale dizer que o pessoal da firma jamais poderia esperar que fizessem aquilo. Fizeram e escreveram até um diário durante a viagem, relatando tudo. Quarenta e oito dias a jornada.

Na Amazônia existe um cipó chamado miratinga. Quando você raspa a casca do cipó, ele vai ficando meio escorregadio e oleoso. Por isso o miratinga lembra um instrumento fálico. Tem muita semelhança com um pênis. Pouquinho mais agigantado do que o normal, mas um senhor cacete. Miratinga vai entrar também nessa história. Seguindo pela floresta, o mineiro, já amazônida, silencioso por todo o percurso, raspava a Miratinga. Curtia calado o encontro que se avizinhava com o geólogo! O grupo conseguiu atravessar rapidamente os quase últimos trezentos quilômetros de selva e serra, debaixo de fortes e constantes chuvas, calor intenso, abafado durante o dia, frio durante a noite, quando os ventos dos Andes, no inverso, começam a soprar. Chove muito. É a região do Brasil onde os trovões são os mais ensurdecedores que já ouvi. Os mais fortes. A quantidade de raios impressiona.

Conseguiram sobrepujar o corpo com o espírito, vencer tudo, e acabaram dentro do Traíra novamente. Chegaram à noite, se amoitaram e esperaram o pessoal dormir. Adentraram de surpresa o acampamento, que era deles e estava ocupado pelo pessoal da empresa invasora. Renderam os guardas, tomaram as armas. “Nossa Senhora! ” era o que mais se ouvia! Em seus relatos, os garimpeiros procuraram amenizar os acontecimentos. Contavam meio que desculpando a ira. Era engraçado ver representarem o pavor do geólogo ao se deparar com eles. Pavor maior haveria de passar! Foi encaminhado, pelo mineiro, para a mesma canoa sem remo, com a mesma lata de sardinha que há quarenta e cinco dias havia lhe dado. O garimpeiro guardara-a. Fez uma volta quase na dimensão do Brasil para devolvê-la. 

A única diferença era que o geólogo, naquele momento, chorava e pedia pelo amor de Deus. O garimpeiro desceu realmente o rio só com a lata de sardinha, sem nada no rabo. Enquanto o geólogo foi com a “miratinga” enfiada, bem atada e presa por corrente na cintura. Desceu procurando um serralheiro, urgente, imagino. Onde? O que chamou a atenção de todos foi que o mineiro tudo fez no mais absoluto silêncio. Não anunciou o que faria e não falou enquanto fazia. Acho que para não ouvir argumentos contrários. A única contestação era o choro sofrido do “baitola” de ocasião.


José Altino
Jornalista diário, escritor, aviador, ex-fundador da União Sindical dos Garimpeiros da Amazônia Legal, ex-membro do Conselho Superior de Minas.

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José Altino 13 de setembro de 2020 13 de setembro de 2020
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