Desde sempre, ao que lembramos, existe uma tropa preta, organizados a rigor, trabalhadores ordeiros, dignos de boa remuneração, porém, desprovidos de reconhecimento social, que nos rodeia, gentilmente, inclusive em nossos lazeres: as várias espécies de urubus. São antigos e famosos, mas muito modestos em seu brio. Incansáveis e insaciáveis, estão sempre dispostos a organizar o que a cultura social expurga, pelos seus viveres.
Ainda que destitua a nobreza do discurso, cuidar de educação sanitária, nunca foi atraente em nenhum palanque. Talvez, só talvez, preveniria doenças e elevaria IDHs, Amazônia a fora. Do contrário, cifras absurdas continuam sendo bandeiras partidárias a serem despejadas, junto aos esgotos com nossas fezes- isso quando se tem esgotos.
Curioso, mas não menos sério, é o comportamento que a tropa preta – os garis da natureza – tomam para aliviar a extensa e intensa atividade humana de produzir imundícies aos ventos. A força aérea dos urubus, quando observados em praias, inclusive turísticas, da Amazônia, aguarda passivamente, na outra margem, enquanto perceber a presença de banhistas. Assim, quando todos ou quase todos se tornam ausentes, começam a aterrissar os dedicados purificadores, de longas asas negras, sobre os lixos descartados, às margens das águas benevolentes.
Considerando, amigo, que o Brasil tem sobre si a digna responsabilidade de alimentar um quinto da população mundial, postular a preservação da Amazônia com políticas restritivas e ressaltadas aos saberes ideológicos ou científicos de regiões outras, desprezando nossa existência cultural, é amordaçar e afrangalhar o maior poder geopolítico nacional, por preço vil. Além disso, ela é gigante e mestra em se reestruturar, reestabelecer e crescer. Encontra, pela benevolência Divina, meios e interventores naturais- a turma de penas escuras, para cuidar até mesmo da limpeza pública de centros urbanos.
Espere um momento: os dejetos e coliformes fecais, de fato, enojam qualquer boca culta ou política populista, certo? Pena que os urubus não votam. Se o fizessem, muitos políticos daqui seriam, a vida toda, reeleitos. Então, quem tem o poder de dizer o que é primordial e real tem mesmo a finalidade última de nos associar com a nossa realidade? São dolorosas, custosas e seculares aos brasileiros, não só os nacionais habitantes da Amazônia, tais questões.
Cai sobre nós a realidade, apesar de cada um encontrar seus próprios meios de vivê-la. O Brasil e a Amazônia permanecem no problema e vice-versa: coleta e tratamento de resíduos e limpeza pública. Agir e viver como se fossem hipóteses irreais e negacionistas é desmazelo com gerações futuras e dá nó no raciocínio de quem vivencia essa realidade.
Um minuto a nossa incredulidade. Existiu compromisso com a realidade das coisas? Os orçamentos e as consequentes aplicações em políticas públicas se voltaram ao firme propósito da superação das mínimas condições de vida? Por quais causas nos convencem as interpretações “não negacionistas”, quando nos deparamos com os mesmos efeitos e semelhantes circunstâncias, década após década? Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, por volta de 3.000 mantêm os depósitos de lixo a céu aberto, por exemplo.
Nós, aqui da Amazônia, não temos rios que correm para dentro, como o Tietê. Nossos rios vão para o mar, um a um. Sem misericórdia aos nossos erros. Inclusive, disso somos sabedores. Cada um de nós, daqui, encontramos graça divina em nossas peculiaridades culturais, sem apontar dedos a outros modelos de usos e costumes regionais diferentes, entende?
Os urubus têm lá suas funções ambientais, mas poderíamos e gostaríamos de vê-los menos, de não transitarmos em mesmos ambientes que eles. Não há charme nisso. A menos que nos convençam a obrigatoriedade de manutenção das espécies de urubus, junto às áreas urbanas, inclusive, portos e aeroportos, poderíamos preferir que eles não compusessem nossas paisagens centrais. Que vivam bem e eternamente em outros ambientes menos povoados, certo?
O que levou, por décadas, o Ministério de Meio Ambiente a desconsiderar completamente saneamento e lixo? Devemos inscrever essa distinção em nossa mente? Expor essa condição, infligida a populações inteiras que habitam a Amazônia, não passa de artifício negacionista? Esperamos que não.
Aqui da Amazônia, pode ser que satélites não captem, mas conseguimos provar com imagens, números e sem comentário algum, as implementadas e inapropriadas políticas de preservação do meio ambiente SEM SANEAMENTO. O que precede qualquer política pública, que torne menos importante essa pasta ambiental, distancia-nos de condições de saúde e nos empurra a um futuro incerto.
A pandemia que nos assola é a dos lixões. Ainda que todas as ideologias encantadas, bem patrocinadas e “inclusivas” nos digam o contrário, parece-nos inquietante elas ignorarem a sobrevivência dos milhões de brasileiros, sem saneamento ambiental.
É um tanto tranquilo para nós darmos provas, para quem a realidade resume-se em dar brados de “salve a Amazônia” e “fim às mudanças climáticas”. A ciência consegue desconhecer a realidade substancial, amigo, de chorumes e depósitos de lixo, nos velhos moldes brasileiros?
A autorresponsabilidade reconhece a realidade comparativa das coisas. Ela nos cabe. Temos fundamentos constitucionais, legais e infralegais que orientam nossa melhor proposição. Nem precisamos imaginar ou fazer esboços do que se apresenta diante de nós, apenas lembremos que o que se reveste de caráter público não está excluído da nossa realidade, onde quer que habitemos.
Ainda que destitua a nobreza do discurso, cuidar de educação sanitária, nunca foi atraente em nenhum palanque. Talvez, só talvez, preveniria doenças e elevaria IDHs, Amazônia a fora. Do contrário, cifras absurdas continuam sendo bandeiras partidárias a serem despejadas, junto aos esgotos com nossas fezes- isso quando se tem esgotos.
Curioso, mas não menos sério, é o comportamento que a tropa preta – os garis da natureza – tomam para aliviar a extensa e intensa atividade humana de produzir imundícies aos ventos. A força aérea dos urubus, quando observados em praias, inclusive turísticas, da Amazônia, aguarda passivamente, na outra margem, enquanto perceber a presença de banhistas. Assim, quando todos ou quase todos se tornam ausentes, começam a aterrissar os dedicados purificadores, de longas asas negras, sobre os lixos descartados, às margens das águas benevolentes.
Considerando, amigo, que o Brasil tem sobre si a digna responsabilidade de alimentar um quinto da população mundial, postular a preservação da Amazônia com políticas restritivas e ressaltadas aos saberes ideológicos ou científicos de regiões outras, desprezando nossa existência cultural, é amordaçar e afrangalhar o maior poder geopolítico nacional, por preço vil. Além disso, ela é gigante e mestra em se reestruturar, reestabelecer e crescer. Encontra, pela benevolência Divina, meios e interventores naturais- a turma de penas escuras, para cuidar até mesmo da limpeza pública de centros urbanos.
Espere um momento: os dejetos e coliformes fecais, de fato, enojam qualquer boca culta ou política populista, certo? Pena que os urubus não votam. Se o fizessem, muitos políticos daqui seriam, a vida toda, reeleitos. Então, quem tem o poder de dizer o que é primordial e real tem mesmo a finalidade última de nos associar com a nossa realidade? São dolorosas, custosas e seculares aos brasileiros, não só os nacionais habitantes da Amazônia, tais questões.
Cai sobre nós a realidade, apesar de cada um encontrar seus próprios meios de vivê-la. O Brasil e a Amazônia permanecem no problema e vice-versa: coleta e tratamento de resíduos e limpeza pública. Agir e viver como se fossem hipóteses irreais e negacionistas é desmazelo com gerações futuras e dá nó no raciocínio de quem vivencia essa realidade.
Um minuto a nossa incredulidade. Existiu compromisso com a realidade das coisas? Os orçamentos e as consequentes aplicações em políticas públicas se voltaram ao firme propósito da superação das mínimas condições de vida? Por quais causas nos convencem as interpretações “não negacionistas”, quando nos deparamos com os mesmos efeitos e semelhantes circunstâncias, década após década? Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, por volta de 3.000 mantêm os depósitos de lixo a céu aberto, por exemplo.
Nós, aqui da Amazônia, não temos rios que correm para dentro, como o Tietê. Nossos rios vão para o mar, um a um. Sem misericórdia aos nossos erros. Inclusive, disso somos sabedores. Cada um de nós, daqui, encontramos graça divina em nossas peculiaridades culturais, sem apontar dedos a outros modelos de usos e costumes regionais diferentes, entende?
Os urubus têm lá suas funções ambientais, mas poderíamos e gostaríamos de vê-los menos, de não transitarmos em mesmos ambientes que eles. Não há charme nisso. A menos que nos convençam a obrigatoriedade de manutenção das espécies de urubus, junto às áreas urbanas, inclusive, portos e aeroportos, poderíamos preferir que eles não compusessem nossas paisagens centrais. Que vivam bem e eternamente em outros ambientes menos povoados, certo?
O que levou, por décadas, o Ministério de Meio Ambiente a desconsiderar completamente saneamento e lixo? Devemos inscrever essa distinção em nossa mente? Expor essa condição, infligida a populações inteiras que habitam a Amazônia, não passa de artifício negacionista? Esperamos que não.
Aqui da Amazônia, pode ser que satélites não captem, mas conseguimos provar com imagens, números e sem comentário algum, as implementadas e inapropriadas políticas de preservação do meio ambiente SEM SANEAMENTO. O que precede qualquer política pública, que torne menos importante essa pasta ambiental, distancia-nos de condições de saúde e nos empurra a um futuro incerto.
A pandemia que nos assola é a dos lixões. Ainda que todas as ideologias encantadas, bem patrocinadas e “inclusivas” nos digam o contrário, parece-nos inquietante elas ignorarem a sobrevivência dos milhões de brasileiros, sem saneamento ambiental.
É um tanto tranquilo para nós darmos provas, para quem a realidade resume-se em dar brados de “salve a Amazônia” e “fim às mudanças climáticas”. A ciência consegue desconhecer a realidade substancial, amigo, de chorumes e depósitos de lixo, nos velhos moldes brasileiros?
A autorresponsabilidade reconhece a realidade comparativa das coisas. Ela nos cabe. Temos fundamentos constitucionais, legais e infralegais que orientam nossa melhor proposição. Nem precisamos imaginar ou fazer esboços do que se apresenta diante de nós, apenas lembremos que o que se reveste de caráter público não está excluído da nossa realidade, onde quer que habitemos.