Iniciada em 2011, a construção da rodovia Norte-Sul foi interrompida em 2013 e nunca mais retomada, ainda que todos os obstáculos jurídicos tenham sido removidos. Hoje, observa-se que a parte pavimentada da rodovia corre risco de virar ruína antes mesmo de ser inaugurada.
As duas primeiras etapas da pavimentação estão prontas desde 2013 e abrangem quase quatro quilômetros. O comprimento total da via, no entanto, é de 6,7 quilômetros. Para viabilizar a retomada da obra, foram solucionados os impasses fundiários entre a União e o Estado, realizados estudos arqueológicos e readequado o projeto executivo. O custo para sua conclusão está orçado em R$ 73 milhões.
Além de destravar o trânsito, importante salientar que a Norte-Sul promoverá um novo polo de desenvolvimento de Macapá. Às suas margens estão instalados os prédios da Justiça Federal, Polícia Federal e o Instituto Hospital de Amor de combate ao câncer, além de estar em obras a construção do residencial Miracema. Há, ainda, a previsão de instalação dos centros administrativos da Prefeitura e do Governo Estadual, o que irá desafogar o centro da cidade.
Em resumo, a Norte-Sul interliga regiões incomunicáveis da cidade, melhora o tráfego, desconcentra a cidade e promove a dinamização de uma nova área Macapá, o que é fundamental para o crescimento da capital.
Vamos defender que os recursos necessários para a obra sejam destinados das emendas da bancada federal já no orçamento da União do ano que vem, como foi muito bem observado nesta semana pelo Juiz Federal, Dr. João Bosco. Só com a soma de esforços poderemos inaugurar com a maior brevidade possível essa obra esquecida pelo poder público.
Senador Randolfe Rodrigues
Senador da República, professor, advogado, ex-deputado estadual por dois mandatos, líder da oposição ao governo Bolsonaro no senado Federal. Foi o mais votado da história do estado do Amapá nas Eleições de 2010 e 2018