Nikolas Ferreira com sua fala que reflete o pensamento de seu nicho, além de revelar estar muito distante do domínio das causas das mudanças climáticas, sua principal pauta, ainda revelou idolatria pelo “filósofo” Olavo de Carvalho. A fala, como se sabe, difere da linguagem que difere do conteúdo do discurso. A fala de Nikolas Ferreira se inclina a emoldurar o obscurantismo da extrema direita brasileira quando se afasta das regras da linguagem civilizada para adentrar no mundo das pilhérias preconceituosas. Seu discurso demonstra o quanto sua conhecida ideologia política compraz-se com a intelectualidade de Olavo de Carvalho e despreza, com denodado orgulho, um expoente intelectual como Paulo Freire.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, levou na pauta para os Estados Unidos os “violentos ataques contra a liberdade expressão” perpetrados pelo judiciário e pelo executivo, fatos que revelam que o Brasil vive, atualmente, uma ditadura. O filho do ex-presidente tem sérias dificuldades de fazer uma análise que envolve sua própria família. Seu discurso encerra um conceito que tem séria correlação com a moral e os costumes. Liberdade de expressão para os bolsonaros significa um conceito absoluto em que o indivíduo pode fazer as maiores agressões a outros direitos e garantias individuais de qualquer concidadão sem qualquer censura. A ignorância da hierarquia dos princípios e da relatividade dos direitos individuais orientam a jornada internacional do filho do ex-presidente.
A jornada internacional dos militantes da extrema direita brasileira revela que o Brasil precisa evoluir em coisas básicas como, por exemplo, a educação. Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro representam o que nossa educação, em grande parte, produz. Seus discursos também são paridos na estrutura social dominante que refletem a atuação do sistema educacional no cocuruto dos indivíduos como já ensinou Foucault. Quando o Brasil foi considerado no governo Bolsonaro como pária internacional era o reflexo da atuação na estrutura do poder do pensamento que defluiu das mentes de extrema direita. Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro agora se propuseram a uma jornada internacional da mediocridade para ensinar ao mundo – com didática irretocável – a arte de se produzir um país pária internacional.