Já deu uma passeada pelos bairros que se expandiram ou que surgiram nos últimos anos na chamada “Grande Macapá?”
Somente quem conhece essa expansão consegue ter a dimensão das mazelas que se formaram ao longo desse crescimento e medir a falta de alcance das políticas públicas, que ainda são quase sempre direcionadas para os que estão mais centralizados na cidade, deixando de fora as periferias e os bairros que não são oficialmente reconhecidos.
Muitos bairros improvisados, sem nenhuma infraestrutura surgiram, obrigando as pessoas a morarem em ruas e avenidas sem nome, por falta de identificação das vias públicas.
Esses pontos da cidade, que concentram famílias mais carentes, são esquecidos ou desconhecidos pela maioria dos agentes públicos, escolhidos para representar a população e definir as políticas públicas de serviços e assistência.
Os nossos representantes, precisam pensar conjuntamente e definir políticas que contemplem todas as pessoas, incluindo aquelas que moram mais distantes do centro da cidade, aquelas que não são atendidas com energia elétrica de qualidade, água tratada, segurança pública, e que em muitos casos, precisam se virar para se locomover por caminhos apertados, inóspitos, no meio do mato e da lama.
O transporte coletivo, a pavimentação de vias estão longe, muito longe de acompanhar o crescimento dos bairros e muito menos ainda, o surgimento de novos loteamentos.
Na área habitacional, por exemplo, se sabe que muitos conjuntos residenciais foram construídos na capital. O Macapaba é o maior deles e até se compara a uma outra cidade dentro da região metropolitana.
A gente sabe que esses conjuntos habitacionais foram planejados com a finalidade de desocupar as ressacas e outras áreas insalubres, mas apesar da grande quantidade de pessoas que foram contempladas, não se observa a desocupação das áreas de onde esses moradores teriam sido remanejados.
Macapá precisa de macro-planejamento e precisa com urgência, pois, enquanto as ressacas continuarem ocupadas e as periferias crescendo desordenadamente, as enchentes, inundações e falta de assistência continuarão presentes entre as pessoas, principalmente as que mais necessitam das ações do poder público.
O alastramento urbano, ou espalhamento urbano é a expansão de uma cidade e seus subúrbios sobre a área rural. É uma realidade, onde moradores de bairros alastrados estão vivendo em casas unifamiliares e com ausência muito clara do poder público.
Bom diaaaa!
“Acorde para vencer,
Desperte para ser feliz”!