Não sei vocês, quanto a mim, é até costumeiro, eu ao me deparar com uma palavra, uma oração, uma canção, um verso ou uma frase, que as penetre com o olhar, com a mente, com o coração para sentir seu néctar, sua essência, como a abelha ou o beija-flor penetra na flor.
Sim, nas palavras há sementes e universos desconhecidos transmitidos por poetas, cientistas, professores, andarilhos, faxineiras, enfermeiras…
Enfim, todas as gentes de todos os continentes.
Nesta última semana do meio ambiente, deparei-me, constantemente, com uma citação do poeta árabe, o libanês Khalil Gibran (1883 – 1931):
“Árvores são poemas que a terra escreve, para o céu.
Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio”.
Vocês haverão de convir comigo de que não há o que comentar, somente fixar e meditar para aspirar o perfume de conclusão tão bela e ímpar.
Acrescentaria em tempos de tantas turbulências, pois do meio ambiente também fazem parte as pessoas, uma pergunta fundamental: são os seres humanos poemas?
E de repente… era tudo tão lindo, tão belo. Uma aquarela na tela da mente imanente e/ou permanente. Talvez, transcendente…
Sim, lindo, não fosse o fato de roubarem de nossas crianças a inocência com a lascívia subjacente a alguns supostos viventes e ainda decretarem que elas devem carregar o fruto de tais crimes em seus ventres – desatinos de um filme de terror de nebulosas mentes.