Segundo denúncias que chegaram até a redação do Jornal A Gazeta, Breno Lima teria “dado sumiço” aos quase R$ 44 milhões que o município de Oiapoque recebeu com a outorga da Caesa.
O maior desvio apontado é com o pagamento de combustível. O A Gazeta teve acesso a um extrato da conta em que o dinheiro da outorga foi depositado. Uma das empresas que mais recebeu dinheiro foi a JP Lima Abreu Eireli, que teria recebido dinheiro para fornecer combustível para a prefeitura, no entanto o combustível, que deveria ser usado para requalificação e manutenção de ramais nunca chegou para os agricultores e para as aldeias indígenas.
Os próprios agricultores e indígenas, fizeram coleta e pagaram do bolso o combustível e a manutenção das maquinas para deixar os ramais em condição de uso.
No extrato é possível ver a movimentação dos recursos e constatar que várias transferências foram feitas para pessoas físicas.
Em um vídeo enviado para o A Gazeta o prefeito aparece em uma reunião onde afirma que nunca autorizou funcionários da prefeitura a pedir combustível para agricultores, no entanto foi rebatido por um dos participantes que mostrou um vídeo em que o secretário de agricultura de Oiapoque, Wilson Caluf, afirma: “Muitas vezes, realmente, fui obrigado a pedir combustível dos senhores, como até hoje acontece. Muitos agricultores dão combustível para a gente fazer o serviço”.
É preciso que as autoridades investiguem. A população cobra porque Breno, além de receber o dinheiro da outorga, recebeu também emendas parlamentares e o município não recebeu qualquer tipo de investimento, e Oiapoque é considerada uma das piores cidades do Brasil.