A Polícia Federal aponta no inquérito do golpe, cujo sigilo foi retirado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26/11), que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria conhecimento do plano para matar o presidente Lula envenenado.
Segundo fontes da PF ouvidas pela coluna, a corporação teria elementos que apontam que Bolsonaro sabia do plano “ Punhal Verde e Amarelo”, que previa matar Lula, o então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
De acordo com essas fontes, teriam sido colhidos registros de entradas de visitantes do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, além de troca de mensagens de militares e integrantes do governo Bolsonaro.
Na semana passada, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, chegou a dizer que o militar teria afirmado à PF que o ex-presidente sabia do plano. O advogado de Cid, porém, recuou da declaração.
Bolsonaro nega
Ao chegar em Brasília na última segunda-feira (25/11) após uma viagem por Alagoas, Jair Bolsonaro negou que tivesse conhecimento de um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
“Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu ia falar, ‘tá, tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como é que fica? Como é que fica o mundo perante nós?”, defendeu-se o ex-presidente ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília.
Ele ainda afirmou que não houve avanços nos supostos planos e defendeu sua atuação. “No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos começar agora a querer punir o crime de opinião, ou o crime de pensamento.”
Com informações de Metrópoles