O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na quarta-feira (5/2) com o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS). O parlamentar é autor do projeto que altera a Lei da Ficha Limpa e pode tornar o ex-mandatário elegível nas eleições de 2026.
À coluna o deputado disse que a Câmara está no “momento ideal” para fazer as mudanças na lei, pois o novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já indicou concordar que o tempo de oito anos de inelegibilidade é “muito alto”.
Entenda o contexto da nova aposta
- Mais céticos com o avanço do projeto que dá anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro de 2023, que era uma opção para incluir Bolsonaro, os bolsonaristas agora veem no projeto da Lei da Ficha Limpa uma saída.
- Ao mudar só a regra de inelegibilidade, a oposição poderia atrair apoio de outros partidos, uma vez que vários políticos têm problemas com a Justiça.
- A proposta de mudar a inelegibilidade atualmente está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
- Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE em junho de 2023, por cinco votos a dois. Ele foi acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Questionou, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas em reunião com embaixadores em 2022.
O autor do projeto disse que Bolsonaro está “empolgado” com a proposta, que ainda precisa passar pelas comissões e pelo plenário da Câmara. Bibo afirmou que vai conversar sobre a proposta com Hugo Motta na próxima semana.
”Vou falar com Hugo Motta na semana que vem. Ele concorda que oito anos é muito [tempo] e há dezenas de colegas querendo assinar o projeto. Quando apresentei, 73 assinaram em um tarde apenas”, disse o autor da proposta.
A reunião do deputado gaúcho com Bolsonaro ocorreu no gabinete do ex-presidente localizado na sede do PL, em Brasília. Segundo Bibo Nunes, outros deputados, como Carlos Jordy (PL-RJ), também participaram da conversa.
O projeto foi apresentado pelo parlamentar no fim de 2024. O deputado diz que a ideia foi sua.
“Mas conversei com Bolsonaro antes de apresentar”, ponderou.
Fonte: Metrópoles
