Conheça as indicações e os riscos dos corticoides quando utilizados sem prescrição médica.
Em casos de artrite, alergia severa ou asma, pode ser indicado o uso de um corticosteroide por um curto período para controlar os sintomas rapidamente.
Os corticoides, também conhecidos como esteroides ou corticosteroides, são diferentes dos esteroides anabolizantes, mas ambos são hormonais.
Esses medicamentos reduzem a inflamação no corpo e são úteis em muitas doenças, especialmente em emergências ou crises de doenças inflamatórias, salvando muitas vidas.
É provável que você já tenha utilizado algum corticoide e esteja familiarizado com nomes como prednisona, prednisolona, dexametasona , meticorten , calcort, predsim , corticorten e também formulações injetáveis de betametasona, tais como diprospam, duoflam e betaspan.
Os corticosteroides são seguros e eficazes se usados conforme a orientação médica. Pacientes com doenças crônicas devem consultar um especialista da área, já que abusar desses medicamentos pode ter graves efeitos colaterais.
Muitas vezes, os maiores problemas ocorrem devido à automedicação. O paciente reutiliza receitas antigas, compra medicamentos sem prescrição ou adquire injeções clandestinas.
Geralmente, quem abusa do corticoide não busca tratamento adequado, apenas alívio temporário para seus sintomas em unidades de pronto-atendimento ou farmácias.
No ambulatório de reumatologia, atendemos pacientes que há vários anos fazem uso de corticoides de forma autoadministrada para tratar condições como artrose de joelhos, fibromialgia, artrite reumatoide, hérnia de disco e outras patologias dolorosas.
Em razão do alívio temporário dos sintomas, alguns pacientes continuam a utilizar corticoides regularmente, o que resulta em graves efeitos colaterais posteriores.
Pacientes que usam corticoides por conta própria chegam ao consultório obesos, diabéticos, hipertensos, com estrias e manchas na pele.
Muitas mulheres desenvolvem fraturas na coluna devido à osteoporose, causada pela perda de cálcio nos ossos provocada por corticoides.
Frequentemente, a doença do paciente é mascarada pelo uso de corticosteroides, dificultando um diagnóstico preciso por parte do médico.
Quando é necessário utilizar corticoides de forma contínua no tratamento, o médico pode associar medicações conhecidas como poupadoras de corticoides. Essas medicações atuam na doença e ajudam a reduzir a dose necessária de corticoides.
São exemplos de drogas poupadoras de corticoides: hidroxicloroquina no lúpus, metotrexato na artrite reumatoide, azatioprina nas anemias autoimunes, dapsona no pênfigo, e drogas inalatórias na asma.
Efeitos colaterais
Os corticoides podem causar efeitos colaterais a curto prazo, como aumento da glicose em diabéticos, mudanças de comportamento, aumento do apetite, acne, dor de estômago e dificuldade para dormir. Esses efeitos desaparecem quando a medicação é interrompida.
Os efeitos colaterais do uso frequente deste medicamento são variados, e entre os principais estão: catarata, glaucoma, ganho de peso, diabetes, osteoporose, atraso no crescimento em crianças, redução da capacidade de combater infecções, úlceras estomacais, pressão alta, necrose do fêmur, estrias, acne grave e fragilidade da pele.
O uso inadequado de pomadas contendo corticoides pode resultar em atrofia cutânea.
Colírios com corticoides podem causar glaucoma e catarata.
Xaropes com corticoide, quando dados desnecessariamente às crianças por desconhecimento dos pais, podem prejudicar o crescimento e favorecer a obesidade infantil.
Os corticosteróides inalatórios ou de uso nasal apresentam menos efeitos colaterais em comparação com os corticosteróides administrados por via oral ou por injeção.
Conclusão
Os corticoesteroides revolucionaram a medicina, salvando vidas em emergências e UTIs e melhorando a saúde de pacientes crônicos quando usados por médicos experientes na sua utilização.
Os corticoides são úteis, mas seu uso precisa ser racionalizado, utilizando doses baixas e com vigilância clínica adequada.
Pacientes que usam corticoides cronicamente devem tomar cálcio e vitamina D para prevenir osteoporose.
Pacientes que usam corticoides devem monitorar diabetes, colesterol, pressão arterial e visitar um oftalmologista a cada seis meses.
Pacientes em tratamento de doença crônica com corticoide devem receber outras medicações para auxiliar no controle da doença, possibilitando a redução da dose do corticoide.
Não use medicamentos com corticoides sem orientação médica. Não utilize injeções mensais de corticoides para dores no joelho, quadril ou coluna. Quando prescrito pelo médico, a dose deve ser única.
Pacientes com doenças crônicas que melhoram com corticoides, como reumatismo, asma, doenças de pele, dor nos joelhos ou coluna, devem consultar um médico clínico e solicitar encaminhamento para tratamento especializado.
Corticoides causam ganho de peso ao aumentar o apetite, provocar resistência à insulina e promover retenção de líquidos, que resulta em inchaço.
Corticoide engorda e incha o paciente quando usado por conta própria
Você já utilizou corticoide? Afinal, o uso de corticoide engorda?
