O governo da China enviou, nesta quarta-feira (16/4), uma carta a todos os estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), convocando-os para uma reunião do Conselho de Segurança da entidade. O objetivo da reunião é debater o tarifaço aplicado pelos Estados Unidos e sobre o que os chineses chamam de “bullying” do governo de Donald Trump.
A reunião deve ocorrer na próxima quarta-feira (23/4). Na carta encaminhada aos países, a China acusa os EUA de “lançar uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento”, particularmente de países em desenvolvimento, com foco no “unilateralismo e práticas de bullying”.
“Todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, são vítimas de unilateralismo e práticas de bullying. Ao usar tarifas como arma de extrema pressão, os EUA violaram gravemente as regras do comércio internacional e provocaram choques e turbulências severos na economia mundial e no sistema de comércio multilateral, lançando uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento”, diz o texto do documento chinês.
A “guerra tarifária” entre EUA e China tem se acirrado nos últimos dias. Nesta quarta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do governo chinês, Li Jian, disse que os EUA deveriam parar com o tarifaço e a “pressão máxima” adotada, com ameaças e chantagens, caso queiram dialogar e negociar com a China.
A reação surge um dia após a Casa Branca divulgar um comunicado oficial, no qual afirmou que o país de Xi Jinping enfrentará tarifas ainda maiores, de até 245%, por causa das “ações retaliatórias”.
Essa disputa tarifária, conforme projeção da agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, deve gerar uma desaceleração do crescimento da economia global, diante do cenário de tensão e incerteza comercial.
Fonte: Metrópoles