O empresário Armindo Denardin, fundador do Grupo Mônaco e uma das figuras mais influentes no desenvolvimento econômico das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, morreu nesta quarta-feira (16), aos 79 anos, em São Paulo.
Natural de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, Denardin começou sua trajetória como professor de matemática antes de se lançar no mundo dos negócios.
Em 1977, mudou-se para Altamira, sudoeste do Pará, cidade que na época passava por transformações devido à construção da rodovia Transamazônica (BR-230). Foi ali que ele fundou a Altavei, sua primeira concessionária de veículos Volkswagen, marcando o início do que mais tarde se tornaria o Grupo Mônaco.
Sob seu comando, o grupo expandiu suas operações nas décadas seguintes, diversificando atuação para concessionárias de motocicletas, caminhões e outros segmentos automotivos. Sua capacidade de identificar oportunidades de mercado e adaptar-se às demandas regionais foi um dos fatores que consolidaram o conglomerado como uma das principais referências do setor.
Atuação no agronegócio e na política
Além do ramo automotivo, Denardin deixou sua marca no agronegócio brasileiro. Por meio da Agropecuária Pinguim, investiu em tecnologia de ponta para genética bovina, com técnicas como transferência de embriões e fertilização in vitro, contribuindo para o avanço da pecuária nacional.
Sua influência também se estendeu à esfera pública. Entre 1989 e 1992, exerceu o mandato de prefeito de Altamira pelo então PMDB (hoje MDB), período em que participou ativamente de projetos e iniciativas voltadas ao desenvolvimento local.
Sucessão e legado
Em 2006, Denardin passou o controle do Grupo Mônaco para seus 4 filhos: Rui, Carla, Karina e Kátia. Sob a nova gestão, o conglomerado ampliou sua atuação para os setores de locação, consórcios e serviços financeiros, consolidando-se como uma das principais empresas do ramo no país.
Em nota, o Grupo Mônaco afirmou que a trajetória de seu fundador foi “uma história de visão, coragem e trabalho”, ressaltando seu papel não apenas como empresário, mas como agente de transformação socioeconômica em regiões que, à época de sua chegada, ainda estavam em processo de desenvolvimento.
Denardin deixa esposa, filhos, netos e um legado que atravessou gerações, tanto nos negócios quanto no impacto social de suas iniciativas.
Fonte: Jeso Carneiro