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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Giovana Devisate > De compradores a usuários: um retrato do nosso tempo
Giovana Devisate

De compradores a usuários: um retrato do nosso tempo

Giovana Devisate
Ultima atualização: 20 de julho de 2025 às 05:18
Por Giovana Devisate 21 horas atrás
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A gente não é mais dono de quase nada. Hoje, pagamos para ter acesso às coisas, não para possuí-las. Não somos mais compradores: nos tornamos assinantes e usuários.
Já se foi o tempo em que comprávamos LPs, DVDs, CDs, pen-drive e HD externo, livros, jornais, roupas, bolsas, bicicleta, carro… O sistema de aluguel se instaurou e dominou todos os mercados. A gente aluga espaço na nuvem do Google, da Microsoft, do iCloud, para poder guardar fotos e nossas informações pessoais lá dentro, sob termo de uso das empresas…
Existem pontos positivos nisso, claro. No caso das nuvens, a gente centraliza os documentos e as fotos em um só lugar. No caso do aluguel de roupas de festa, a gente economiza dinheiro e consegue ser mais sustentável, já que não precisamos comprar ou produzir roupas para cada ocasião importante, pois vivemos numa sociedade onde repetir esse tipo de roupa não é tão bem visto… Porém, existem muitos pontos negativos também.
Já não temos mais o nosso filme preferido em fita K7 ou DVD, na nossa casa, disponível para quando quisermos assistir. Há 20 anos, um filme em DVD custava menos de 30 reais, valor pago uma única vez. Hoje, o mesmo conteúdo só pode ser acessado por meio de plataformas de streaming, cujas mensalidades superam esse valor.
Muita gente se acostumou com o Kindle e não compra mais livros físicos, o que pode ser bom para aqueles que moram em apartamentos pequenos, sem espaço para guardar livros físicos, por exemplo. Contudo, comprar a versão digital do livro não te faz dono dele e, quase sempre, o valor é muito próximo do valor da versão impressa.
Na minha época de adolescente, quando os artistas que eu gostava lançavam um novo álbum de músicas, eu ia, assim que chegassem nas lojas pelas distribuidoras, comprar o CD. Hoje, não temos mais esse costume: ouvimos imediatamente no Deezer ou no Spotify. Quase nem existem mais lojas de CD, apesar de ainda serem vendidos por aí.
Meu pai comprava jornal e eu as revistas de moda, hoje a gente acompanha as notícias pela internet, por assinatura de plataformas ou tendo que apurar as informações rasas que vemos nas redes sociais. Também já não vemos bancas espalhadas pelas cidades, como antes.
Quem se beneficia do sistema quase sempre não é a população e, sim, os donos dos grandes negócios, monopolizadores de tudo. É uma nova estrutura capitalista, onde nada é nosso, mas podemos pagar para ter acesso por um tempo, onde quem determina o valor são eles e não existe vasta concorrência.
Lipovetsky, em ‘A felicidade paradoxal’ (2007), diz que “a aceleração da hipermodernidade nos perde e nos salva ao mesmo tempo: porque a vida é mais móvel e mais aberta, os incômodos individuais aumentam, mas, em muitos casos, eles são também menos impeditivos.”
Realmente, temos muitas facilidades com a hipermodernidade. Com acesso à internet, tudo está ao nosso alcance em segundos. Com um clique, apenas, fazemos compras. Inclusive, existem alguns vídeos circulando na internet que mostram pais relatando que seus filhos, jogando no celular, fizeram compras grandes em joguinhos ou até mesmo no iFood.
Também já vi vídeos de pais que pararam de usar cartão e de comprar na internet para que os filhos entendessem que dinheiro é algo palpável e que o ato de comprar implica em uma troca, onde dou o dinheiro e recebo algo que quero, equivalente ao valor gasto. Crianças hoje não entendem muito bem isso.
Isso tem a ver com o nosso tempo, a aceleração do consumo, o encarecimento dos materiais… Porém, acredito que estamos vivendo numa armadilha que não tem saída. Dependemos de todo um sistema para viver, que não nos deixa obter nada. Pegamos emprestado, sob altos custos, os filmes que assistimos, as músicas que ouvimos nas plataformas digitais, os jornais que lemos, os livros que gostamos e etc. Muitas vezes, nem mesmo o que é nosso, é realmente nosso.
Me formei na primeira graduação em 2020 e o diploma foi aquele tradicional, de papel. Quando finalmente foi emitido, precisei ir à Universidade buscar. Ano passado, me formei na segunda graduação e o diploma é digital. A sensação que fica é de que ele não é meu, porque existe apenas em um link específico na internet, ligado à autenticação do MEC. A UFRJ explica que a versão impressa dele não tem valor legal: a imagem é meramente ilustrativa.
Lipovetsky, no mesmo livro que citei anteriormente, fala que “O que está em ação é um processo de organização de um universo hiperconsumista em fluxo estendido”. Com a nova era eletrônica, a noção de conforto muda: “já não está tão centrado na eliminação dos esforços penosos quanto no que favorece a comunicação, a instantaneidade das trocas, a agilidade na emissão e na recepção das mensagens”. Agora, existe um conforto que “se identifica com a abundância informacional, as interações virtuais, a acessibilidade permanente e ilimitada”.
Me questiono: é ilimitada mesmo? É um tipo de negócio que vale a pena para o consumidor? Os preços não são abusivos? Eles detém o direito de tudo e é como se a única forma da gente ter acesso fosse pagando, mesmo. Por isso disse antes que é uma armadilha, sem rota de fuga.
Estamos gastando muito dinheiro para consumir coisas que não são nossas. A forma de consumir fez uma curva e estamos indo na direção de um vazio, lotado de assinaturas mensais, termos de uso que não conseguimos ler e a intenção de ter e não poder.
Com isso, temos menos coisas e, consequentemente, ficam menos coisas para nossos herdeiros. Temos menos objetos pessoais para contar a nossa história e isso faz com que a nossa passagem na Terra seja mais rapidamente esquecida. O nosso presente, assim como o nosso amanhã, fica mais vazio.

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Giovana Devisate 20 de julho de 2025 20 de julho de 2025
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