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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Giovana Devisate > Sobre simbologias do poder
Giovana Devisate

Sobre simbologias do poder

Giovana Devisate
Ultima atualização: 20 de setembro de 2025 às 17:06
Por Giovana Devisate 6 horas atrás
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O que roupa de trabalho na contemporaneidade e uma viagem para o Egito tem a ver com o templo e o reinado de Hatshepsut? Vamos pensar juntos?
Em 2023, fiz uma viagem incrível, muito sonhada por um longo tempo… Conhecer o Egito parecia impossível, até uma amiga das antigas também querer viver isso. Eu e Julia nos falamos, organizamos as coisas com antecedência e, depois, passamos a imaginar juntas cada dia que viria.
Eu e minha amiga acampamos no deserto do Saara e fomos testemunhas de uma das noites mais lindas das nossas vidas. Vimos o pôr do sol ali e entendemos um pouquinho mais sobre a vida. Fizemos um cruzeiro pelo rio Nilo, que parava por algumas cidades importantes e conhecemos costumes locais. Sobrevoamos o Vale de Luxor de balão, enquanto o sol nascia e nos iluminava a alma.
Fui de encontro com a cultura egípcia, com as pessoas, com as vestimentas, com as cidades e com a religião, especialmente porque estava lá durante o Ramadã. Vi de perto coisas que estudei na escola e que nunca esqueci. Também pude confirmar coisas que estudei na faculdade de História da Arte e visitar lugares, que me marcaram por muitos anos.
Gosto muito de arte, claro, mas gosto de falar especialmente das mulheres no contexto das artes, especialmente quando o assunto se cruza com a moda. Quando comecei a faculdade de História da Arte, a minha segunda, em 2017, tive uma disciplina chamada ‘História das Artes Visuais 1’, que abrange, entre outras coisas, arte e arquitetura do Egito antigo. Foi essa aula que me fez prometer que um dia iria para lá.
Por muitos anos, sonhei em conhecer o Egito especificamente para visitar o templo da rainha Hatshepsut. Até então eu tinha vontade, curiosidade, mas quando conheci a história da rainha, decidi que ir para lá, um dia, seria realidade.
Na época em que fechei essa viagem para o Egito, eu trabalhava na Farage.Inc, empresa de moda da Thais Farage, que estuda moda, consumo e desigualdade de gênero. Foi trabalhando lá que passei a olhar, mais e mais, para como as mulheres se vestem no ambiente de trabalho e para como copiamos os códigos de vestimenta masculinos para sermos vistas.
Hatshepsut foi uma faraó que governou por mais de duas décadas e teve os seus feitos apagados da história. Desde as primeiras descobertas arqueológicas, as opiniões sobre Hatshepsut foram influenciadas por sentimentos e crenças dos egiptólogos. Afinal, como é possível a ascensão de uma mulher como faraó? Como uma mulher governou de maneira tão próspera e pacífica por 22 anos? A grandiosidade das construções ordenadas por ela acabaram por criar uma aura de mistério em torno da sua figura. Devemos respeitar ou vamos destruir a sua história?
Muito se fala de Cleópatra e Nefertiti quando pensamos em mulheres marcantes da história do Egito, mas é importante lembrar que Hatshepsut veio antes delas. Faraó da 18ª dinastia, ela viveu entre 1507 e 1458 a.C. Nefertiti, rainha consorte de Aquenáton, viveu cerca de um século depois. Cleópatra, por sua vez, pertenceu à dinastia ptolomaica e reinou mais de mil anos depois das duas, entre 69 e 30 a.C., o que indica um salto temporal enorme, mostrando como a presença feminina no poder no Egito foi rara, mas marcante ao longo dos séculos.
O templo de Hatshepsut foi construído na base das falésias de Deir-el-Bahari e destaca-se por ser monumental, em perfeito equilíbrio com a natureza. Suas rampas e colunas parecem estar em comunhão com as pedras que formam a paisagem ao redor. É sublime! Uma obra gigante, imponente e linda.
Hatshepsut tornou-se faraó em razão da sucessão dinástica. Seu pai não teve filhos homens com sua primeira esposa, apenas com a segunda. Para garantir a continuidade de sua linhagem no trono, determinou que ela se casasse com seu meio-irmão, Tutemés II.
Do casamento de Hatshepsut e Tutemés II, nasceu Neferuré. Contudo, Tutemés II tinha uma segunda esposa, com quem teve um filho chamado Tutemés III. Quando Tutemés II faleceu, por volta de 1479 a.C., Tutemés III ainda era muito jovem para governar. Assim, Hatshepsut assumiu como regente até que ele tivesse idade suficiente. No entanto, no sétimo ano de sua regência, Hatshepsut decidiu tomar o poder integralmente, proclamando-se faraó.
Os historiadores e egiptólogos não sabem ao certo o que aconteceu e por qual razão Hatshepsut decidiu assumir totalmente o poder. No entanto, depois desse acontecimento, ela passou a ser retratada com feições masculinas, sem os seios, com o corpo com músculos proeminentes e barbas no rosto. Ela usou desses artifícios para se consolidar, já que tais características eram símbolos de poder para os egípcios.
Após ter sido faraó, Hatshepsut sofreu uma tentativa de apagamento histórico, especialmente como vingança de Tutmés III. Uma série de monumentos ligados a ela e ao seu reinado foram destruídos e o objetivo era apagar registros da sua existência. Sua imagem passou a ser resgatada a partir do século XX, quando encontraram restos mortais, em 1903.
Isso me faz pensar em coisas que já discuti inúmeras vezes com amigas, dentro do meu núcleo familiar e até em reuniões de trabalho, especialmente quando trabalhei com moda. Mulheres, naquela época, para executar a função mais alta que é possível, precisavam masculinizar os seus corpos e suas imagens, para que fossem respeitadas, ouvidas e tivessem sua autoridade reforçada. Ou, como Cleópatra, ter a imagem sempre ligada ao dom da beleza e da sedução.
Hoje, para funções muito menores e mais simples, acontece o mesmo. Mulheres que usam os códigos de vestimenta masculinos continuam sendo as mais respeitadas profissionalmente. Ainda assim, questionam nossas habilidades, nossas estratégias, nossa força, nossas maneiras de pensar.
A roupa de poder é a roupa que exprime a imagem do homem. Isso é tão velho que Hatshepsut já o fazia em 1470 a.C… Essa estratégia reflete uma realidade: líderes mulheres, até os dias de hoje, recorrem à vestimenta, à postura e aos gestos associados tradicionalmente aos homens, para ser levadas a sério.
Hatshepsut desafiava as expectativas de gênero e incorporava características masculinas para legitimar o seu reinado e as mulheres continuam fazendo o mesmo nos dias de hoje, para transmitir autoridade e credibilidade, mostrando que a percepção social do poder continua fortemente ligada a símbolos e performances culturais ligadas à imagem do homem.
Estar diante do templo de Hatshepsut foi perceber que a força e a coragem atravessam o tempo. Sua história nos lembra que mulheres sempre encontraram caminhos para afirmar seu poder, mesmo quando o mundo parecia negar sua presença, força e existência. Hoje, avançamos muito, em muitas coisas, mas ainda precisamos reforçar nossas vozes e a moda ainda é aliada. O certo é pensar que só seremos de fato respeitadas quando não precisarmos reforçar essa imagem…
No caso de Hatshepsut, destruíram suas estátuas e apagaram registros que comprovam o seu reinado próspero e pacífico. Hoje, o seu templo faz o papel de edificar a sua vida e nos mostrar que as cicatrizes fazem parte e que, também, com o passar do tempo, tornam-se aliadas para que possamos contar nossas histórias.
Nesse templo, a rainha continua viva e os questionamentos sobre a veracidade de sua importância são refutados. A sua história continua sendo contada e recontada e seu legado ganha eternidade.

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Giovana Devisate 20 de setembro de 2025 20 de setembro de 2025
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