Adoraria que acadêmicos, intelectuais americanos, artistas e celebridades europeus de verve esquerdista, oriundos das upper classes, universidades ocidentais de excelência e salões aristocráticos, profundos influenciadores midiáticos do século XXI agissem honestamente em relação ao Brasil.
Condescendentes, paternalistas com nossos erros, em especial, fechando os olhos para a corrupção dos governos da esquerda, aliada ideologicamente, enaltecendo nossa cultura, música, povo e belezas naturais, são bajuladores de seus pares locais: a classe artística e de intelectuais; é a nossa elite pensadora ou seja, a intelligensia socialista brasileira, fruto da Escola de FRANKFURT, Gramsci e Paulo Freire.
Em busca de simpatia para sua cruzada mundial reparadora pelos crimes contra a humanidade cometidos por suas nações, são os atuais revolucionários socialistas do século XXI sem dar um tiro sequer; é só no discurso político, pasmem, demagogicamente, dizendo-se, também, anti-capitalistas e com claro anti-ocidentalismo, que agrada em cheio a nossa elite. O mais interessante é que enquanto louvam o socialismo, essa gente despudoradamente se resfestela no capitalismo consumista, em meio à “democracia relativa” que ajuda a construir.
Ao invés de outorgarem às nossas elites pensantes comendas, medalhas, diplomas insignificantes, pomposos e inócuos TÍTULOS DE HONORIS aos brasileiros esquerdistas com a finalidade de massagear-lhes o ego e encher de orgulho o Brasil, que tal se fizéssem apologia e movimento mundial pela verdadeira reparação histórica pelos crimes hediondos perpetrados contra as nações das Américas, Ásia, Oriente Médio e África desenvolvendo-lhes suas riquezas, restituindo economicamente pelos enormes e em parte, irreversíveis danos provocados, restaurando-nos a honra e dignidade?
Em busca de riqueza desenfreada, as nações do Primeiro mundo praticaram a exploração e destruição de suas florestas, solo de suas ex-colônias, biopirataria, escravidão, tráfico de ouro, prata, pedras preciosas, roubo de peças e monumentos históricos e religiosos e genocídio dos povos originários.
Assim, que o Brasil acorde para o sistemático e subreptício poder de sedução do Primeiro Mundo, através da onda progressista, continuando a nos dizer como devemos conduzir o Brasil; é a moderna e sofisticada forma exploração da mentalidade nacional, cooptando e tutelando sua elite pensante e povo em torno de manutenção de sua hegemonia mundial.
Paulo Rebelo, médico escritor e poeta
