Um homem de 37 anos morreu, nesta terça-feira (14/10), após ficar internado com sintomas de intoxicação por metanol no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), em Jundiaí, no interior de São Paulo. Com o novo óbito, o número de mortes no estado chega a seis.
A morte foi confirmada pelo HSV. O paciente havia sido internado no dia 3 de outubro. “A família já foi comunicada, e a Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Jundiaí foi notificada, conforme os protocolos de saúde pública”, informou o hospital.
A Secretaria Municipal de Promoção da Saúde da cidade informou que conta com 7 casos notificados de intoxicação exógena após consumo de bebidas alcoólicas, sendo 6 descartados para intoxicação por metanol, além do homem que faleceu nesta terça.
“Desde o início de outubro, a Vigilância Sanitária tem reforçado as ações de fiscalização em bares, adegas e distribuidores de Jundiaí, além de manter um contato permanente com a Regional de Vigilância Sanitária do Estado para alinhar demais medidas necessárias”, afirmou a gestão municipal por meio de nota.
De acordo com a mais recente atualização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgada na segunda-feira (13/10), São Paulo tem 28 casos confirmados de intoxicação, além de 100 em investigação. Até o momento, 246 casos foram descartados e 15 estabelecimentos acabaram interditados cautelarmente.
A operação que combate a adulteração de bebidas por metanol, batizada de Poison Source, foi iniciada em 3 de outubro, após a prisão de um dos maiores falsificadores do Brasil, segundo o governo estadual. O homem, que foi localizado no bairro Jardim Corumbé, na zona norte da capital paulista, é suspeito de abastecer diversas regiões do estado.
Nessa terça-feira (14/10), a Polícia Civil mirou uma rede criminosa que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em oito municípios: São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara. Um dos seis presos também foi indiciado em flagrante por porte ilegal de armas.
Intoxicação por metanol
Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.
Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.
Fonte: Metrópoles