A Petrobras informou nesta segunda-feira (20) que recebeu licença de operação do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, na Margem Equatorial.
Segundo a estatal, o ponto está localizado em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa.
A sonda se encontra na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses, informou a estatal.
Em nota, a Petrobras ressaltou que a exploração foca em buscar informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. “Não há produção de petróleo nessa fase”, informou.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a aprovação do Ibama representa o “compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”.
“Foram quase cinco anos de jornada, nos quais a Petrobras teve como interlocutores governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais. Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá”, disse.
O movimento segue a sinalização do Ibama na última semana para prosseguimento ao processo de licenciamento para perfuração da bacia do Foz do Amazonas.
Em reunião com técnicos da Petrobras, representantes do Ibama esclareceram pontos em aberto levantados pelo órgão ambiental no último parecer encaminhado pelo órgão, no dia 24 de setembro, ao que o Ibama confirmou que os esclarecimentos dados eram suficientes para seguir o processo.
Em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância estratégica, citando que a Margem Equatorial “representa o futuro da nossa soberania energética”.
“O Brasil não pode abrir mão de conhecer seu potencial. Fizemos uma defesa firme e técnica para garantir que a exploração seja feita com total responsabilidade ambiental, dentro dos mais altos padrões internacionais, e com benefícios concretos para brasileiras e brasileiros”, disse.
Segundo o ministro, o ponto da Foz do Amazonas tem estimativas de investimentos de R$ 300 bilhões e arrecadação estatal de mais de R$ 1 trilhão nas próximas décadas, com a geração de até 300 mil empregos diretos e indiretos.
O Ibama já havia negado licença para a perfuração do bloco da Foz do Amazonas em julho de 2023. À época, o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, afirmou em nota que haver “inconsistências” no projeto da petroleira.
Fonte: CNN