A Comissão Independente Contra a Corrupção da China (ICAC, na sigla em inglês) informou, nesta sexta-feira (28/11), ter criado uma força-tarefa para investigar um caso de corrupção relacionado ao incêndio que atingiu o complexo habitacional Wang Fuk Court, em Hong Kong, na última quarta-feira (26/11), e resultou na morte de 128 pessoas. Até o momento, oito suspeitos foram presos.
Os bombeiros locais concluíram o combate ao incêndio após 43 horas ininterruptas de trabalho. O número de mortos subiu para 128, segundo a atualização mais recente. Até o momento, 79 vítimas permanecem hospitalizadas e mais de 100 pessoas continuam desaparecidas.
A polícia local havia prendido três suspeitos nessa quinta-feira (27/11), identificados como executivos da construtora responsável pelas torres que estavam em reforma.
A Comissão informou ter prendido oito pessoas, entre os quais há consultores, subempreiteiros de andaimes e intermediários do projeto.
O que aconteceu?
- Um grande incêndio em um complexo residencial com mais de 2 mil moradias, no bairro de Tai Po, em Hong Kong, deixou ao menos 128 mortos nessa quarta.
- Entre as vítimas fatais, há um integrante do Corpo de Bombeiros. O fogo teve início por volta das 15h dessa quarta — no horário local, 4h em Brasília—.
- As chamas tiveram início em andaimes de bambu instalados ao redor do conjunto habitacional Wang Fuk Court, que passava por uma reforma.
Os detidos, segundo a Comissão, têm entre 40 e 63 anos e incluem sete homens e uma mulher. Entre eles, quatro pertencem à empresa de consultoria responsável pelo projeto de renovação do Palácio Wang Fuk: dois diretores e dois gerentes de projeto.
Os outros três são subempreiteiros de andaimes, incluindo um casal proprietário de uma empresa, e o terceiro preso é um intermediário.
A Comissão informou também que realizou mandados de busca e apreensão, nesta sexta, em cerca de 13 imóveis, incluindo os escritórios da empresa de consultoria e dos subempreiteiros, além das residências dos detidos. Documentos da obra e extratos bancários foram apreendidos.
A investigação continua e todos os detidos permanecem sob custódia.
Fonte: Metrópoles



