“Eu me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva, não tinha motivo para aquilo. Eu falei :’O que está por trás do que a Anvisa vem fazendo?’, ninguém acusou ninguém de corrupto. Por enquanto não tem o que fazer no tocante a isso ai. Eu que indiquei o Almirante Barra Torres […]. Ele não precisava agir daquela maneira”, afirmou Bolsonaro, que continuou: “Acredito que o trabalho (da Anvisa) poderia ser diferente. Ele pode rebater em cima dessa crítica, quem decide é ele. Eu o nomeei para lá e depois da nomeação ele ganhou luz própria. Eu espero que ele acerte na Anvisa, mas não tivemos nenhum atrito a ponto tal dele falar que eu tinha que identificar indícios de corrupção. Nenhum órgão está livre de corrupção. Agora, eu não acusei a Anvisa de corrupção. Eu perguntei o que está por trás dessa gana vacinatória”.
Além disso, o presidente falou sobre os pedidos feitos por jornalistas e opositores para que ele seja banido ou retirado das redes sociais, dizendo que isso desconfiguraria uma disputa dentro do critério democrático. “Me banir das redes sociais é jogar fora das quatro linhas. O jogo tem que ser realizado dentro das quatro linhas. Eu só posso dizer isso. A gente não pode admitir um jogo baixo dessa natureza. Ai não é uma disputa dentro do critério democrático, é uma imposição. A gente não pode admitir isso ai. Acho que o bom senso se fará presente”, afirmou Bolsonaro. O presidente também falou sobre seu sentimento sobre a segurança do processo eleitoral e a presença das Forças Armadas no processo.
Segundo ele, os técnicos apontaram vulnerabilidades, mas o TSE ainda não se posicionou sobre o episódio. “As Forças Armadas foram convidadas pelo ministro Barroso. Elas aceitaram, mandaram seus técnicos para o TSE, fizeram um trabalho com bastante profundidade e apresentaram algumas inconsistências via ofício ao próprio TSE, que não se manifestou sobre essas vulnerabilidades. Estamos esperando essa resposta do TSE. Se for o caso, o Ministério da Defesa vai reiterar esse ofício”, concluiu.

