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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Yuri Alesi > Ecce Homo – Eis o Homem
Yuri Alesi

Ecce Homo – Eis o Homem

Yuri Alesi
Ultima atualização: 28 de dezembro de 2025 às 07:12
Por Yuri Alesi 7 horas atrás
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Advogado Sênior, do Escritório de Advocacia Alesi, Guerreiro & Teles, especialista em Direito Tributário e Administração Publica. Ex-Assessor Especial da Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, Ex-Vereador de Oiapoque-AP.
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Confesso ao leitor que, nos últimos dias, enquanto as ruas iam sendo tomadas por luzes, vitrines enfeitadas e mensagens de “Feliz Natal”, algo me inquietava. Não era incômodo com a festa em si — longe disso. O Natal é, e sempre foi, tempo de reencontro, de família, de pausa necessária em meio ao corre-corre do ano. Mas, em meio a essa atmosfera quase automática de celebração, me peguei pensando no que, afinal, estamos celebrando de verdade.
Foi nesse exercício silencioso, quase íntimo, que uma antiga passagem bíblica me veio à memória. Não como um versículo isolado, mas como uma cena inteira, carregada de tensão, humanidade e contradição. Uma cena que não se passa em Belém, diante de um presépio, mas em Jerusalém, diante de um tribunal. A cena em que Pôncio Pilatos, governador romano, apresenta Jesus Cristo ao povo após a flagelação e pronuncia duas palavras em latim que atravessaram os séculos: Ecce Homo — Eis o Homem.
Pilatos não estava fazendo teologia. Não estava anunciando fé, tampouco reconhecendo um Messias. Ele falava como político, como administrador pressionado, como alguém tentando evitar um problema maior. Ao dizer “Eis o Homem”, sua intenção era simples, despertar piedade, encerrar a revolta, mostrar que aquele réu já estava suficientemente castigado. Aos olhos do Império, Jesus não passava de um homem quebrado, humilhado, aparentemente vencido.
Mas é justamente aí que o cristianismo encontra um de seus paradoxos mais profundos. O homem que Pilatos apresenta como derrotado é, na fé cristã, o próprio Deus encarnado. O homem ferido é o Salvador do Mundo. O silêncio diante das acusações é, na verdade, uma resposta que ecoa pela história. O Ecce Homo revela aquilo que os olhos comuns não conseguem enxergar, que a força pode habitar a fraqueza e que a esperança pode nascer exatamente onde tudo parece perdido.
Talvez alguém se pergunte: o que essa cena tem a ver com o Natal? Tem tudo. O Natal, se levado a sério, não é apenas a celebração de um nascimento bonito e simbólico. O menino que nasce em Belém não nasce para permanecer no conforto da manjedoura. Ele nasce para caminhar, ensinar, confrontar, amar, e, por fim, sofrer. O presépio aponta para a cruz. A ternura do nascimento já carrega, silenciosamente, o peso do sacrifício.
Escrevo isso não como um discurso distante, mas como alguém que vive aqui, pisa essas mesmas ruas, conversa com as mesmas pessoas e sente as mesmas inquietações que cada leito amapaense sente. Em nossa terra, onde as dificuldades sociais convivem com uma fé profundamente enraizada, talvez corramos o risco de transformar o Natal em hábito, em repetição, em tradição vazia de reflexão. Celebramos porque sempre celebramos. Decoramos porque todos decoram. Mas refletimos pouco sobre o significado último desse evento.
O Ecce Homo nos obriga a parar. A olhar. A encarar o Cristo não apenas como um símbolo genérico de bondade, mas como um homem real, inserido na brutalidade da história humana. Um homem injustiçado, exposto à violência do Estado, vítima de uma multidão manipulada. Não é possível olhar para essa cena e permanecer indiferente. Ela interpela, questiona, provoca.
Vivemos tempos difíceis. Não apenas aqui no Amapá, mas no Brasil e no mundo. O discurso público se tornou agressivo, os julgamentos são sumários e a empatia parece cada vez mais escassa. As redes sociais nos transformaram, muitas vezes, em juízes impiedosos. Condenamos com facilidade, cancelamos sem ouvir, atacamos sem medir consequências. Nesse contexto, a imagem de Cristo diante de Pilatos é um espelho desconfortável. Ela nos pergunta, silenciosamente, de que lado estamos quando a injustiça se apresenta.
Pilatos, vale lembrar, reconhece que não encontra culpa em Jesus. Ainda assim, o entrega. Lava as mãos, como quem tenta se eximir da responsabilidade. Quantas vezes, também nós, não lavamos as mãos diante da dor alheia? Quantas vezes escolhemos o silêncio confortável em vez da verdade incômoda?
Ao longo do ano que agora se encerra, vi de perto histórias de sofrimento, mas também de resistência. Vi pessoas que perderam muito, mas não perderam a dignidade. Vi famílias enfrentando dificuldades com uma fé que impressiona. Talvez seja por isso que essa imagem de Cristo ferido fale tão forte ao nosso povo. Ele não é um Deus distante da realidade amazônica, das cheias, das faltas, das lutas diárias. Ele é um Deus que conhece a dor por dentro.
E aqui faço questão de escrever em primeira pessoa, porque essa reflexão não é neutra nem fria. Ela nasce de inquietações reais. Quando olho para o Cristo do Ecce Homo, vejo ali um chamado à humanidade. Um convite a não perdermos aquilo que nos define como pessoas: a capacidade de compaixão, de escuta, de misericórdia. Em um mundo cada vez mais polarizado, essa talvez seja a mensagem mais revolucionária do cristianismo.
O Natal, então, deixa de ser apenas uma data no calendário e se transforma em critério. Critério para avaliar nossas escolhas, nossas palavras, nossas atitudes. Celebrar o nascimento de Cristo sem se deixar tocar por sua mensagem é reduzir o Natal a um evento estético. Bonito, mas vazio. O amor cristão não é confortável. Ele custa. Ele exige. Ele atravessa a dor.
Às vésperas de um novo ano, essa reflexão se torna ainda mais necessária. Todos nós fazemos balanços, traçamos metas, projetamos esperanças. Mas talvez a maior esperança não esteja em promessas abstratas de prosperidade, e sim na decisão concreta de permanecer humano em tempos desumanizadores. O Cristo apresentado por Pilatos não vence pela força, mas pela fidelidade ao amor.
Quando Pilatos diz “Eis o Homem”, ele acredita estar encerrando um capítulo. Na verdade, está abrindo um novo. Um capítulo que atravessa séculos e chega até nós, aqui, agora, neste período de Natal, nesta virada de ano. Cabe a cada um decidir o que fará diante desse homem. Ignorá-lo? Reduzi-lo a símbolo? Ou permitir que sua vida continue a nos interpelar?
Desejo, sinceramente, que o final de ano de cada amapaense seja mais do que uma pausa festiva. Que seja um reencontro com o essencial. E que o novo ano que se aproxima nos encontre mais atentos, mais humanos e mais dispostos a carregar as cargas uns dos outros.
Feliz Ano Novo!

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Yuri Alesi 28 de dezembro de 2025 28 de dezembro de 2025
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