Depois de cumprir o sonho de conquistar a Copa do Mundo com a Argentina no Catar, Messi seguirá defendendo a seleção por mais algum tempo, mas não tem o Mundial de 2026 como meta. É o que deixou claro o camisa 10 em longa entrevista ao jornal “Olé”, na qual relembrou a campanha vitoriosa há menos de dois meses e também falou sobre o futuro.
Em sua última resposta na entrevista, Messi viu um dos jornalistas pedindo para que ficasse “um pouquinho mais” na seleção. Então, confirmou: “Mais um pouco vou ficar. É preciso aproveitar isso, tem que aproveitar”, respondeu.
Antes, porém, o craque da Copa do Mundo comentou que acha complicado disputar o Mundial de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A quatro meses de completar 36 anos, Messi teria 39 no torneio e vem preferindo não alimentar tal possibilidade.
“Não sei, sempre disse que pela idade me parece que é muito difícil ele chegar. Adoro jogar futebol, adoro o que faço e enquanto estiver bem e me sentir em forma e continuar a gostar, vou fazê-lo. Mas parece muito até a próxima Copa do Mundo”, disse.
“Eu também não estou antecipando nada. Mas é o que repito e vou repetir. Devido à idade e ao tempo, parece-me que é difícil. Mas depende de como minha carreira vai. Hoje vou fazer 36 anos, vou ver para onde vai minha carreira, o que vou fazer. E depende de muitas coisas”, contou Messi, sobre possível participação na Copa de 2026.
Ao relembrar a campanha no Catar, Messi lembrou que teve medo antes do duelo contra o México, no qual o time chegou com chance de ser eliminado em caso de derrota.
Ele destacou que aquele foi um dos piores jogos da Argentina recentemente por conta da ansiedade, mas que a partir dali o time se fortaleceu. E pontuou a importância que o tropeço diante dos sauditas na estreia pode ter representado.
“Perder para a Arábia foi acaso. Tivemos muitas chances no primeiro tempo e se tivéssemos feito 2 a 0, o jogo teria sido totalmente diferente. Eles vieram duas vezes, marcaram dois gols e foi difícil para nós. Foi um retorno à nossa essência”.
Messi lembrou a final contra a França, dizendo que mal conseguiu notar a defesa de Emi Martínez no fim do jogo, já que esteve envolvido no contra-ataque em que quase saiu um gol de Lautaro Martínez.
E revelou que guardou tudo que utilizou na partida: chuteiras, camisas e até a capa recebida pelo emir do Catar na hora de levantar o troféu. As peças irão para sua casa em Barcelona.
Ele também lembrou outro momento icônico na Copa: a comemoração do gol contra a Holanda provocando o técnico Louis van Gaal, que havia alfinetado o argentino antes. Messi confirmou que levou as mãos aos ouvidos propositalmente.
“Eu tinha visto o que Van Gaal havia dito antes do jogo e um colega de equipe me mostrou. E a verdade é que me incomodava, incomodava porque nunca desrespeitei ninguém, nem treinadores nem jogadores. Nunca falo de ninguém, muito menos antes de um jogo. Isso me incomodou porque eu havia falado dele com grande respeito. Eu não gostei e isso saiu no momento”.
Ao falar sobre o futuro da seleção argentina, Messi também comentou sobre a possível renovação de contrato do técnico Lionel Scaloni. E, depois de revelar que conversou com o presidente da AFA sobre o tema, deixou claro que gostaria da permanência do treinador.
“Espero que continue porque acho que para além de tudo o que tem mostrado, é uma pessoa muito importante para a seleção e para todo este grupo que tem crescido com ele. Porque além de terem vencido a Copa América, a Finalíssima e a Copa, são jovens e acho que continuar com esse mesmo processo e não ter que mudar seria espetacular. Mas a decisão é dele e seja o que for é compreensível porque ele também ganhou tudo como treinador, e isto é futebol. E se a próxima Copa América correr mal para nós, vão bater nele de novo, vão bater de novo na gente, a gente sabe que é assim.”
Com informações do ge.com

