O senador e líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, confirmou nesta segunda-feira que irá se filiar ao PT. Exatos sete meses após anunciar seu desligamento do partido Rede Sustentabilidade, Randolfe chegou a negociar com outras siglas, como o MDB e o PSB, mas decidiu retornar ao partido pelo qual entrou na política.
O anúncio foi feito durante solenidade de entrega de residências do Minha Casa, Minha Vida, em Macapá. Durante seu discurso, o senador disse que sua escolha foi para estar ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva. No início do ano, o presidente da República convidou Randolfe para retornar ao PT, mas as conversas para o senador entrar no partido não avançaram na época.
— No início desse ano foi necessário um desligamento partidário meu. Me perguntam, presidente, qual a minha escolha partidária. Eu lhe respondo em primeira mão para o senhor e para todos que estão ouvindo. O meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula onde o partido de Lula estiver, porque estou ao lado da maior liderança política da história desse país — afirma.
Randolfe começou a sua carreira política como deputado estadual pelo Amapá, em 1998, filiado ao PT. De lá, em 2005, se tornou membro do PSOL, onde foi eleito senador pela primeira vez em 2010. Sua filiação na Rede ocorreu em 2015.
A ruptura com a Rede ocorreu em maio deste ano e marca o desfecho de uma história recente de conflitos e desentendimentos entre o senador e outros integrantes do partido, entre eles, a Ministra do Meio Ambiente e principal nome da sigla, Marina Silva.
A desfiliação ocorreu durante um desentendimento com a ministra no que diz respeito à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Enquanto Marina afirmou que o empreendimento é “altamente impactante”, o senador mostrou-se a favor do projeto. Diante do impasse, Randolfe foi às redes sociais criticar o parecer contrário do Ibama à realização de pesquisas na região, que fica no litoral do Amapá, seu estado.
Com informações do O Globo

