Para o Agro, por mais óbvio que seja, infelizmente não é a verdade. O exemplo deste fato é o ataque constante ao “Código Florestal”, inegavelmente a norma mais dura e exigente na proteção do meio ambiente do planeta. Lei discutida exaustivamente ao longo de vários anos, fruto da preocupação nacional com a preservação do meio ambiente, votada e aprovada pelo parlamento, sancionada pela Presidência da República, o caminho natural de todas as Leis. Posteriormente reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como Constitucional e está vigente.
Apaguem toda a lógica do foi escrito até agora. As Leis em nossa Pátria somente são reconhecidas se agradarem a certos setores ideológicos e partidários que se sentem absolutos donos de toda a verdade do Universo. Caso isso não ocorra, serão discutidas e contestadas até o “inferno congelar”. As minorias no Congresso Nacional tentam se converter em maioria usando o Judiciário, como se fosse um “tapetão, subvertendo o conceito de Democracia. Foi-se o tempo em que as decisões do Congresso eram acatadas e existiam, no judiciário, as famosas decisões definitivas.
Com o Código Florestal vem acontecendo exatamente isso, está sendo bombardeado diuturnamente pelos inimigos do Agro. Pasmem aqueles que ainda não sabiam disso, o Agro brasileiro possui inimigos nacionais e internacionais, acreditem ou não. Muitas vezes esses inimigos estão travestidos como assessores e técnicos de governos que, na época, usando seus cargos provocaram a decisão de constitucionalidade do Funrural, que redundou em um passivo biliardário para o produtor rural e que vem fragilizando silenciosamente o Agro.
Diante de tudo o que tem ocorrido e por ser o alvo preferencial, Amazônia exige o respeito que merece e adverte: há uma revolta enorme com a insegurança jurídica, com as Leis que nos agridem e com decisões judiciais que prejudicam a nossa sobrevivência. Nos revoltam também os ataques que vem de além de nossas fronteiras nacionais.
Nós, os 23 milhões de habitantes, além de sermos preservadores do meio ambiente e obedientes ao Código Florestal, somos os melhores anfitriões do mundo. Recebemos de braços abertos, até carinhosamente, os amigos e também os inimigos, não importando se são voluntários, missionários, mercenários ou detratores, todos travestidos como integrantes de ONGs, Organismos Multilaterais, Igrejas, Instituições brasileiras maculadas por colaboracionistas, governos estrangeiros que, direta ou indiretamente, questionam a soberania brasileira sobre a maior parte do território nacional. Tudo com o objetivo de se apossar do nosso patrimônio.
No nosso meio rural não temos preconceitos raciais contra brancos arianos, negros ou amarelos. convivemos, lutamos, procriamos e trabalhamos ombro a ombro com todas as cores do arco íris, buscando a sobrevivência. Não há preconceitos de gênero contra qualquer grupo ou indivíduos definidos por qualquer letra do alfabeto. Felizmente não sofremos das mazelas dos outros 41% do país e do restante mundo.
Temos aceitado passivamente que as organizações, anteriormente citadas, alimentem atritos entre produtores e adquirentes, produtores e indígenas. Aqui cabe uma observação, reconhecemos os índios como irmãos brasileiros e nos causa enorme tristeza vê-los confinados em reservas, mantidos nas condições da “idade da pedra lascada”, sequer na “idade do bronze”, lhes sendo negados todos os benefícios da civilização humana.
A maioria da nação brasileira não sabe que, na Amazônia, somente podemos produzir em apenas 20% das nossas propriedades, adquiridas com o nosso suado dinheirinho, e somos obrigados a manter vigilância constante, por nossa conta, dos outros 80%, caso não o façamos e terceiros os violarem seremos enquadrados por crime ambiental.
Assistimos calados a criação de reservas florestais, sem nos consultarem ou informarem quais as bases científicas utilizadas para definir os locais. Calados assistimos o Rei da Noruega vir e visitar uma reserva indígena como se estivesse passeando em “terra de ninguém” ou, como dizem, na “casa da mãe Joana”. Entrou no território do Brasil sem comunicar ou pedir licença ao governo, em flagrante falta de reconhecimento da nossa soberania e ficou por isso mesmo. O comportamento do Rei da Noruega é representativo do sentimento do “velho continente” em relação a nós.
Vimos presenciando países oferecerem migalhas para o “fundo Amazônia”, sem qualquer proveito prático para os produtores, querendo comprar uma das regiões mais ricas do planeta com “troco de ônibus” e, recentemente, o candidato a Presidente dos EUA esfregando nas nossas caras a mixaria de 20 bilhões de dólares, ainda, fazendo ameaças.
Confessamos que estamos cansados de proteger outros países das sequelas consequentes de seus próprios processos de auto destruição, às nossas próprias custas. Estamos cansados de ouvir ameaças de intervenções militares alienígenas na nossa casa. Ameaças não nos assustam, que venham, nos ataquem!
O Joe Biden esqueceu da derrota fragorosa e vergonhosa que ceifou a vida de milhares de jovens americanos no Vietnã, pois é, que os países inimigos da nossa soberania concretizem as ameaças enviando suas forças armadas para conhecer e enfrentar o nosso Vietnã com 23 milhões de defensores, floresta muito mais letal, microrregiões mais inóspitas, um povo calado, trabalhador e aguerrido que, para defender o seu patrimônio, está disposto a seguir o exemplo vietnamita. Nunca é demais lembrar que todos os inimigos dos atacantes se tornarão nossos aliados e grande parte da nossa população é composta por nossos queridos irmãos nordestinos, aqueles brasileiros que assustaram os exércitos nazistas com a sua imagem de ferozes soldados que lutavam com as baionetas caladas entre os dentes, para libertar os que hoje nos atacam. Vejam bem que nem citei as nossas forças armadas, os inimigos jamais vão esquecer o brado – Selva!
É preciso que o mundo saiba que o nosso silêncio não significa concordância. Que os colaboracionistas e estrangeiros, especializados em denegrir a nossa imagem, tenham consciência de que chegamos ao limite e fica cada vez mais próximo o dia que não mais toleraremos as suas presenças em nossa região.
Gil Reis
Consultor de Agronegócio