Nesses quase 30 anos de vida pública, procurei desenvolver uma capacidade de compreensão da “cabeça do eleitor” nesse território místico das eleições.
Faltando pouco mais de um ano para o povo Amapaense eleger o novo mandatário máximo do Estado, 01 senador, 08 deputados federais e 24 deputados estaduais em 2022, eu te proponho fazer uma análise sobre o que está por trás da aparente desordem da vontade do eleitor.
Tenho desenvolvido uma tese sobre o processo eleitoral, depois de ter observado alguns sucessos e fracassos revelados nas urnas nas últimas eleições.
“A cabeça do eleitor” é sim algo muito interessante! E diferentemente do que você possa imaginar tem um padrão lógico.
O eleitor tem as suas razões, e é possível conhecê-las, até antecipadamente. É claro que só isso não é o suficiente para vencer uma disputa, pois saber o que o eleitor deseja não significa poder suprir suas expectativas. O eleitor raciocina e avalia seus candidatos querendo saber se uma determinada eleição é de continuidade ou de mudança.
A rigor, todo candidato só conhece as suas qualidades quantitativas; e seus defeitos qualitativos insuportáveis só são revelados na hora da chamada “pesquisa qualitativa” que apresenta o candidato como verdadeiramente ele é visto pelo conjunto da sociedade. Daí a importância de uma ideia original que sempre adotei durante minha trajetória política: o “Encontro qualitativo” .
Imitando a “pesquisa qualitativa” que tem como objetivo revelar defeitos comportamentais do candidato sob a ótica do eleitor, o “encontro qualitativo” é uma oportunidade para que se possa identificar e corrigir determinadas condutas do candidato, que vão de encontro às expectativas do eleitor, promovendo repulsa e antagonismo na relação, gerando rejeição do candidato que, inconscientemente passa a ser vítima de um sentimento transitório que pode se perenizar, caso essa problemática não seja identificada e resolvida.
Toda eleição tem dois componentes: emoção e sentimento. A emoção é de responsabilidade do candidato, é ele que coloca a dose necessária. O sentimento é fruto da criação de marqueteiros, “gênios” considerados dotados de intuição e criatividade incomuns.
Veja o caso das eleições de 2020 na capital Amapaense. O candidato Josiel do DEM, passou para o segundo turno com uma vantagem significativa sobre o segundo colocado Dr. FURLAN, que deu uma virada extraordinária em cima do candidato Capí do PSB. Era contagiante a “emoção” observada nos dois candidatos! No segundo turno uma variável interveniente decidiu a eleição em favor de FURLAN: veio o apagão e com ele o “sentimento” ante Davi foi criado, responsabilizando-o indevidamente pelo acontecimento desastroso.
No Brasil, todos entendem de futebol e quase todos entendem de campanhas eleitorais. Mas, “a cabeça do eleitor” funciona da mesma maneira para qualquer eleição.
E como diz o escritor Alberto Carlos Almeida, autor do best-seller “a cabeça do brasileiro” : “tudo depende do eleitor. É ele quem avalia bem ou mal o governo. É ele quem responde aos estímulos dos candidatos conferindo-lhes, ou não, uma identidade clara. É ele quem se lembra ou se esquece dos candidatos. A cabeça do eleitor é lógica e não pode ser ludibriada facilmente, nem mesmo pelas mais avançadas técnicas de comunicação e publicidade” .
Bom diaaaa!
“Acorde para vencer,
Desperte para ser feliz“