Afirmou Bismark, certa vez, que o importante não é escrever a História; é indispensável fazê-la. Não posso concordar de todo com o chanceler alemão. Embora tivesse ele suas razões, não haveria de ignorar: se hoje sabemos que um poderoso estadista fez história foi porque algum historiador pôs-se a registrar-lhe as façanhas. Sem o peregrino lavor da historiografia, nem memória teríamos deste ou de qualquer outro potentado.
Mercê de Deus, possuímos não somente memória, mas principalmente heróis. Por isso houvemos por bem relançar o maior clássico das letras pentecostais de nosso país. A História das Assembleias de Deus no Brasil não é propriamente um relato do que fizeram reis, príncipes ou chanceleres. Todos os seus personagens, porém, são nobres: sacrificaram-se a fim de que o Reino de Deus fosse implantado de norte a sul de nosso país.
Num trabalho onde o jornalista fez-se historiador, Emílio Conde, o apóstolo da imprensa evangélica do Brasil entrou a pesquisar nossas raízes. De entrevista em entrevista, reconstituiu os passos de Daniel Berg e Gunnar Vingren. Foi buscar as fontes primárias; falou com quem fez história; manuseou atas, diplomas e diários. Em seguida, esmerou-se o historiógrafo no mister do historiador.
Com uma linguagem simples, posto que emotiva e bela, Emílio Conde descreve como o grão de mostarda germinou, enflorou-se e pôs-se a outonar almas, igrejas, searas e missões. O que parecia uma semente destinada a ser pisada pelos homens, roubada pelas aves de rapina e pelos espinhos sufocada, deitou raízes frondando-se como o maior avivamento desde John Wesley e George Whitefield.
As novas gerações de pentecostais precisam saber como a mensagem do Evangelho integral de Nosso Senhor Jesus Cristo chegou à nossa terra. Se de fato ansiámos por avivamentos e refrigérios, urge espelharmo-nos em quem fez avivamentos e experimentou refrigérios. Voltemos, pois, às Sagradas Escrituras como a nossa única regra de fé e prática. Lembremo-nos dos movimentos genuinamente bíblicos e cristocêntricos entre os quais acha-se a Obra Pentecostal.
Tantas vezes tachado de herético, o pentecostalismo demonstra estar revivendo uma promessa genuinamente bíblica. Nenhum teólogo de bom senso haverá de contestá-lo; sua autenticidade doutrinária e histórica é atestada pelos profetas e apóstolos de Nosso Senhor. Além disso, a prática aí está para comprovar, a veracidade do que vimos pregando desde os pais-fundadores: Jesus Cristo salva, batiza no Espírito Santo, cura as enfermidades, opera maravilhas e em breve haverá de buscar os santos.
Esta é a história de nossa igreja. Não é uma história de reis e imperadores; é o relato de homens e mulheres que se deram à Obra de Deus e ao Deus da Obra. Enfim, esta é a história de como o Brasil foi transformado na maior nação pentecostal do mundo.
Emílio Conde fez um resumo histórico que, iniciando-se com a descoberta do Brasil, culmina com a instauração do pentecostalismo em nosso país nos alvores do século XX. Sua obra vai da chegada de Daniel Berg e Gunnar Vingren em Belém do Pará, em 1910, até a década de 1960.
Embora o relato não seja completo, em virtude da extensão e da complexidade de nossa igreja, é uma obra indispensável a quantos desejam inteirar-se do que o Senhor realizou nos primórdios do pentecostalismo em nosso país. É impossível registrar os nomes de todos os que se esforçaram na expansão do Reino de Deus através da Obra Pentecostal. Todavia, os nomes de todos os que se deram a esta obra acham-se registrados no Livro da Vida. Fonte: Internet. Amém!
DESTAQUES DA SEMANA
1- Gunnar Vingren e Daniel Berg, os missionários suecos fundadores da Assembleia de Deus no Brasil.
2- Templo Central em Belém do Pará, a Catedral Nacional da Igreja Assembleia de Deus brasileira.
3- Reverendíssimo Pastor Emilio Conde, o historiador e Apóstolo da Imprensa Evangélica no Brasil.
LIDERANÇAS
Sugestão de leitura: RODRIGUES, Besaliel. História da Assembleia de Deus – Macapá – Amapá, Macapá: Gráfica Diniz, 2001, 84 p. O autor começou a pesquisar o assunto com 17 anos de idade e concluiu com 30. Durante este período graduou-se em licenciatura e bacharelado em História na Universidade Federal de seu Estado do Amapá. Hoje é pastor presidente da Convenção UFIADAP, é advogado, bacharel Em Direito, com mestrado e doutorado na área jurídica. Nas celebrações do Centenário da AD no Amapá, em 2017, foi o Presidente da Comissão de Memória e História do Centenário. O prefácio da Obra foi feito pelo Pastor Oton Alencar, presidente da Igreja Centenária e de Honra da referida Convenção. O leitor encontrará no conteúdo do livro (i) a 1ª visita de um evangélico às terras amapaenses: Clímaco Bueno Aza; (ii) as informações de como a 1ª igreja evangélica foi fundada no Amapá, por Manoel José de Matos Caravela; (iii) os primeiros convertidos ao protestantismo: O irmão Fausto e a família Araújo; (iv) o início do desenvolvimento dos pentecostais em Macapá; (v) e todas as demais fases até aos dias atuais. Amém.
ESPECIAL
NEWS: 1. Junho, o mês das Assembleias de Deus no Brasil: A Igreja Evangélica Assembleia de Deus, fundada em Belém do Pará em 18 de junho de 1911, por Daniel Berg e Gunnar Vingren, é a maior igreja pentecostal do planeta Terra; 2- Um século e uma década: Agora em 2021 celebra 110 Anos no Brasil com um mega evento nacional que acontecerá no Centro de Convenções da Entidade na Capital paraense, berço do pentecostalismo brasileiro; 3- A Co-Irmã Amapaense: A Assembleia de Deus – A Pioneira, sediada em Macapá, no vizinho Estado do Amapá, celebrará aniversário – 104 Anos – no mesmo mês, no período de 26 a 29 de junho, em Macapá. Todos estão convidados. Daremos mais detalhes nas próximas oportunidades; 4- E mais…: A 4ª AGC – Assembleia Geral Convencional Anual da CADB – A Convenção (Nacional) da Assembleia de Deus no Brasil acontecerá, neste ano de 2021, em Manaus – Amazonas, junto com a AGO – Assembleia Geral Ordinária Anual da CEADAM – Convenção Estadual da Assembleia de Deus Amazonense, no período de 27 a 30.10.2021. Será um dos maiores eventos eclesiásticos do país. Aguardem!
ESTUDOS BIBLICOS
Tema: A Igreja hoje não é mais a mesma – Mateus 24.12
A expressão “igreja” aqui é sinônimo de “organização religiosa” e não corpo místico de Cristo, conforme diz 1 Pedro 2.9.
A igreja atual não é mais aquela dos tempos de Jesus, tampouco do reavivamento da Rua Azuza do início do século XX. Hoje as coisas mudaram, mormente o amor pela Obra de Deus e pela evangelização da humanidade. Tal amor esfriou. Jesus disse que nos últimos dias: “A maldade aumentará de tal maneira que o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). Isso significa que a maldade se multiplicou no coração dos homens. Sim, a maldade cresceu dentro de nós. A cada novo dia, os sinais do fim dos tempos e da volta do Senhor Jesus, tornam-se mais intensos.
Em face disso, hodiernamente, no âmbito das igrejas, os interesses materiais, pessoais e familiares têm se sobreposto aos interesses coletivos e espirituais da igreja e de Cristo na face da Terra. Os anos estão passando e o verdadeiro sentido da igreja está se esvaindo!
FIQUE LIGADO
O primeiro homem batizado com o Espírito Santo no Brasil.
Todos os assembleianos sabem que a primeira pessoa a receber o batismo com o Espírito Santo no Brasil foi uma mulher, a irmã Celina Albuquerque. Na verdade, as três primeiras batizadas foram mulheres.
A quarta pessoa foi um paraibano que na época vivia em Belém e era policial militar. Na capital paraense, ele se converteu a Cristo na Igreja Presbiteriana, mas abraçou a fé pentecostal quando a obra ainda estava no início. Seu nome era Manoel Francisco Dubu.
Em 1914, ele retornou à Paraíba e passou a compartilhar a doutrina do batismo pentecostal e dos dons espirituais com os crentes congregacionais e batistas. No ano de 1918, acompanhado por outro paraibano, chamado Galdino Cândido do Nascimento, ele realizou o primeiro culto pentecostal naquele estado.
Em 1935, Manoel Francisco Dubu foi ordenado presbítero pelo conhecido pastor Cícero Canuto de Lima e durante muitos anos exerceu esse ministério na Assembleia de Deus da cidade de Campina Grande, em seu estado natal. Fonte: Internet.