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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Marcelo Tognozzi > A musa cubana
ColunistaMarcelo Tognozzi

A musa cubana

Marcelo Tognozzi
Ultima atualização: 15 de janeiro de 2023 às 00:26
Por Marcelo Tognozzi 2 anos atrás
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Stephane Hessel tinha 93 anos quando decidiu largar a zona de conforto e partir para cima. Publicou seu “Indignai-vos”, um livro de 32 páginas, pouco mais que um panfleto, porém um concentrado de energia capaz de contaminar a juventude europeia e os protestos que eclodiram no início dos anos 2010. Diplomata, filósofo, ex-guerrilheiro da resistência francesa na Segunda Guerra, Hessel publicou seu último livro de 2011, o “Não vos rendais”, conclamando os europeus a continuarem lutando de forma pacífica pela democracia, ameaçada pelo poder econômico.
Ele conclama as pessoas a resistir, num movimento além da indignação. Resistir para garantir previdência, liberdade de imprensa, saúde pública, educação para todos, aquilo que ele chama de direitos básicos dos trabalhadores e cidadãos. O mestre morreu em 2013, aos 95 anos, numa Paris onde os imigrantes árabes e africanos são mantidos em guetos, fora dos limites tradicionais e turísticos, sem igualdade ou fraternidade e com pouca liberdade.
Um revolucionário como Hessel certamente ficaria encantado ao descobrir uma senhorinha de 87 anos que acaba de se tornar símbolo dos protestos iniciados em Cuba dia 11. Dona Sara Naranjo aparece batendo panela num vídeo, que viralizou nas redes sociais, falando da sua situação como cidadã de um país onde as pessoas convivem com apagões, falta comida, remédios e principalmente dignidade. Virou musa de uma Cuba ainda sem o direito à sua primavera depois de 62 anos de uma ditadura que tomou o poder de outra ditadura.
Ela estava com 25 anos quando Fidel Castro e Che Guevara tomaram Havana em janeiro de 1959. Era uma muchacha de melenas negras e olhos grandes, magra e elegante, cheia de esperança em dias melhores. Mas a jovem Sara foi iludida. O novo governo daqueles jovens barbudos não seria uma combinação de liberdade e prosperidade, mas de força e brutalidade.
Fidel Castro e seus companheiros transformaram a revolução num negócio. Fizeram guerra na África, mandaram seus emissários para a América do Sul, negociaram armas, se agarraram aos soviéticos e desafiaram os Estados Unidos muito mais por conveniência geopolítica do que por ideologia.
Dona Sara, que reclama da falta d’água, da falta de luz para ligar o ventilador, da panela vazia e da cegueira causada pela catarata, é a cidadã síntese das consequências nefastas de uma ditadura de 62 anos. O governo cubano nivelou a sociedade por baixo, criando uma legião de pobres –não são miseráveis, são pobres– vinculando a perspectiva de ascensão social à burocracia estatal e seus estamentos. Quanto mais útil para o Estado e a estabilidade do regime, mais longe a pessoa chega.
Estive com Fidel Castro 2 vezes, uma delas na Bahia, durante uma reunião de líderes latino-americanos e ibéricos, entre os quais estavam o rei Juan Carlos da Espanha. Num convescote no Palácio de Ondina promovido pelo governador Antonio Carlos Magalhães, Fidel deu entrevista e soltou frases de efeito, tudo traduzido por uma cubana que aprendera português em Angola. Depois de muita conversa perguntei aos cubanos sobre o episódio da invasão da baía dos Porcos por mercenários, em 1962, quando Fidel comandou pessoalmente o contra-ataque e venceu. Resposta: “Não temos previsão para tratar deste assunto. Isto que você está querendo saber nada tem a ver com o assunto desta reunião”. Essa é a turma que subiu na vida em Cuba. O resto dos mortais vive como Dona Sara Naranjo.
Está cada vez mais difícil para o presidente cubano Miguel Diáz-Canel controlar a situação sem baixar o porrete. Ele é um desses burocratas que entregou a alma aos Castro feito o Fausto de Goethe. Quem se deu ao trabalho de assistir aos protestos transmitidos pela TV estatal de Cuba, viu centenas de cidadãos pobres, iguais os que habitam a periferia das nossas grandes cidades, atacando carros da polícia, xingando o governo e mostrando toda sua indignação como tantas vezes já vimos acontecer por aqui.
Vinicius de Moraes dizia que ninguém consegue ser feliz sozinho. O isolamento imposto a Cuba por seu governo de força acabou por gerar uma demanda reprimida por tudo o que vem do lado de cá, seja uma simples coca-cola, um iPhone ou um tênis Nike. Imagine que em Cuba tivemos uma geração que não soube o que eram os Beatles, os Rolling Stones e não testemunhou a revolução tecnológica dos anos 1980 e 1990. O governo dizia o que as pessoas deveriam ler, escutar, cantar e vestir. Essa Cuba endeusada pela esquerda tratava seus homossexuais como criminosos, encarcerava os que cometiam crimes de opinião e mantinha ativo um sistema em que vizinhos eram estimulados a denunciar vizinhos. Imagine o inferno.
Dona Sara viveu tudo isso a maior parte do seu tempo. Aos 87 anos, cega e sem poder fazer uma simples cirurgia de catarata, coisa corriqueira aqui no Brasil, virou um saco de ossos inconveniente para um governo que chama de vândalos e lacaios do imperialismo norte-americano aqueles que, como ela, batem panela reclamando por comida.
Essa senhorinha corajosa é também a síntese daquilo que Hessel escreveu nos seus livros, quando nos incita a nos indignarmos e a não nos entregarmos. Dona Sara grita o novo slogan dos cubanos. Agora é Pátria y Vida ao invés do tradicional Pátria o Muerte. Que essa senhorinha corajosa, sofrida, contamine os meninos e meninas de Cuba com a força da sua energia. Ela é como as palmeiras do Aterro do Flamengo plantadas por Burle Marx nos anos 1960. Demoraram 50 ou 60 anos para florir e só dão flor uma vez na vida. E é nessa hora que a primavera ganha um novo a inesperado encanto.

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Marcelo Tognozzi 15 de janeiro de 2023 15 de janeiro de 2023
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