Essa foi a minha percepção da leitura da obra pontual e objetiva, tecida em linguagem clara e documentada, do jornalista José Antonio Pedriali, “A travessia de Alvaro Dias. É a história de um homem que se confunde com a de seu povo e de sua pátria em seus sonhos e ações. Traz as lutas, conquistas e derrotas que retratam as IDÊNTICAS E COINCIDENTES lutas, conquistas e derrotas de nós brasileiros. Lutas travadas contra o autoritarismo, o atraso humanitário, as misérias morais, éticas e materiais. A busca por soluções, mudanças, transformações e a edificação da democracia sem olvidar dos fatos pessoais, da presença de amigos e da família.
Traz a público a presença de Débora Amaral Dias, por muitos desconhecida, fora do círculo mais íntimo; embora um amigo comum, já faz algum tempo, tenha afirmado: “A sorte do Alvaro foi tê-la encontrado, quando, então, por amor se uniram”. De fato, ao conhecê-la, impossível não ser tocada por sua personalidade forte e íntegra. Não se trata de uma mulher sombra, muito menos de uma deslumbrada, trata-se de ela por ela mesma.
Ler o relato de “fino trato” do livro significa fazer uma imersão na História de nosso país (Brasil) de 1944 a 2023. Não é possível entender as linhas e entrelinhas de nossa epopeia nativa sem a leitura desta obra. Obra esta que, vamos depreendendo página após página, foi construída e ainda o é com a força da Esperança. E para sorte nossa, ela faz emergir de suas águas narrativas, não um ídolo, não um mito, não um salvador da pátria ou qualquer outro tipo caricato que tanto confunde o eleitor. Ela traz à tona um homem político que se importa com pessoas para além de suas vantagens pessoais. Talvez um idealista… Mas um idealista prático e ágil.
Vale a leitura, ela nos permite certificar de que nem todo político é igual, como também um amigo sempre afirma e reafirma em nossos momentos de desânimo. Isso em uma época em que as figuras políticas estão tão desgastadas é de suma importância, revela que é possível ser político e digno, basta que tenhamos em mente e estejamos dispostos a bancar para o sim e para o não, como o Alvaro Dias, de que “Podemos até perder eleições, perder amigos, mas jamais perderemos a dignidade”.
É, meu artigo desta semana é uma sugestão de leitura, pois trata-se de uma travessia que fala através dos fatos, mais do que qualquer narrativa.