Sem água não há vida!
Antigas civilizações se desenvolveram em torno da água, como Egipcios, Hebreus, Persas, Fenícios, Chineses e Incas e quando enchemos copo com água não percebemos tudo o que ali está representado e cuja importância está muito além do valor intrínseco.
Água pura mata a sede e possui valor estratégico cada vez mais relevante.
Podemos viver mais tempo sem comida do que sem água.
Cerca de 70% do nosso corpo é composto por água. 70% do Planeta também. Como na natureza os fenômenos não ocorrem sem processos lógicos, a ideia de Sincronicidade, desenvolvida por Carl Gustav Jung, talvez possa nos levar a considerações mais profundas a respeito, pois isso não é mera coincidência, já que está tudo interligado na equilibrada Natureza.
De toda forma, embora 70% do Planeta seja formado por água, desse total 97,5% são água salgada (oceanos, mares etc) e apenas (apenas!) 2,5% são água doce!
Desses 2,5% de água doce, 69% estão sob a forma sólida, em geleiras, o que nos deixa reduzido percentual de água disponível, em estado líquido, nos rios, lagos e aquíferos.
Essa água doce não está bem cuidada no mundo. Muitos rios estão poluídos e, dentre os mais afetados, estão os rios Yamuna e Ganges (na Índia), Songhua (na China – um dos mais longos daquele país) e Citarum (na Indonésia).
Aqui, estudo indica que cerca de 73% dos nossos rios apresentam qualidade regular de água, estando 10% com boas condições. Todavia, além disso, poderíamos melhorar o gerenciamento das águas e do meio ambiente, como exemplifica o ocorrido com Belo Monte, construída contra pareceres e autorizada a funcionar a revelia do seu corpo técnico, agora revelando a necessidade de redução da sua vazão em 80% pelos danos causados ao curso do Rio Xingu, diante da seca que ocasionou e que ameaça a vida de povos, plantas e peixes locais.
Ora, água é dinheiro! Aliás, mais do que dinheiro, água é vida e, por isso mesmo, tem valor imensurável.
Os países que tem petróleo (um recurso natural) cobram-nos alto por este bem e o mundo todo se curva ao preço do barril que fixam. Nunca nos “emprestaram” as terras com petróleo ou nos deixaram explorá-lo. Sempre se resguardaram e guerras ocorreram no mundo pelo controle do gás e do petróleo.
Por outro lado, sempre se falava que o Brasil seria o país do futuro.
Temos água doce potável. Rios imensos, como o Amazonas, o São Francisco, o Araguaia, o Tocantins e o Paraná. Temos bom clima, sol e regime de chuvas, terras vastas e apropriadas à produção agropecuária. Temos lagos e grandes aquíferos, como o Guarani e o Alter do Chão. Estamos muito bem servidos e isso atiça a cobiça estrangeira…
Os olhos do mundo cobiçam o que temos e ainda mantemos, quando o desmatamento, a poluição por produtos químicos, o mau tratamento de esgoto e o ar irrespirável marca outras nações. Há locais onde a fumaça da poluição condena muitos a viver em condições que aqui não conhecemos, como na altamente poluída Pequim – que já apresenta melhoras mas está ainda muito acima do nível recomendado – e em algumas das mais poluídas cidades do mundo, como Linfen e Tianjín (China), Sukinda (Índia), Norilsk (Rússia) e Chernobyl (Ucrânia).
Aqui ainda contemplamos o límpido céu azul e o fazemos sem dar valor real ao seu significado. Quanto nos invejam por isso?
Pelo que já falamos e por ter produção pujante, técnicas modernas e povo trabalhador (aliado à iminente aprovação do FIAGRO – Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais, que permitirá ao setor agropecuário captar investimentos por qualquer interessado, seja ou não do seguimento, via mercado de capitais), o país tem todas as condições de atender a demanda por alimentos que se prevê que dobrará em apenas 30 anos!
Isso poderá nos colocar em outro patamar e deixando ao alcance do produtor – e que há anos se dedica em suor e dá o seu sangue para gerir as suas empresas do setor e alimentar a sua família e os seus empregados – o pote de ouro no fim do arco-íris.
Se os governos passarem a olhar a água como o valor absoluto que é, poderemos ter políticas públicas que mais a proteja e que ao mesmo tempo se nos permita explorá-la e prover o mundo de algo que não tem em profusão, pois de que valerão em futuro distópico os barris de petróleo e as reservas petrolíferas, as fábricas, tecnologias e carros, se faltar alimentos e água para consumo?
Precisamos pensar no futuro, na nossa gente, no nosso destino como nação e na água, não apenas como algo renovável e destinado a vários fins e a matar a nossa sede. Precisamos pensar nela como recurso estratégico.
Ademais, temos áreas que poderão muito produzir, a partir do momento em que irrigáveis forem. Há projeções de que somente o faríamos em cerca de 30 anos, mas podemos acelerar esse cronograma, se definirmos essa estratégia política, por meio da ampliação da agricultura irrigada.
O mundo tem fome e tem crédito. Precisa de alimentos hoje e precisará do dobro de alimentos em 30 anos. Temos de começar já a montar essa estratégia.
Isso passa também por processos de preservação da Amazônia e de cada vez mais rígido equilíbrio entre a proteção das florestas e a exploração das terras.
O primeiro e grande motor desse controle é o impedimento de posses e ocupações por brasileiros e por estrangeiros fora dos limites legais – há poucos dias se noticiou venda ilegal de terras protegidas na Amazônia por meio de sites não nacionais.
Além de afetar nossa Soberania e a Segurança Nacional, toda e qualquer ação nesse sentido deve ser hoje interpretada por nós – povo brasileiro – e pelos Governos com projeções no futuro, pois haverá um momento em que poderemos usar dos recursos naturais para mais ter influência na geopolítica e na macroeconomia.
Não nos deixaram entrar e explorar o petróleo – uma riqueza natural – que tinham e nos venderam pelo preço que decidiam… Por qual motivo haveríamos de os deixar entrar e aqui dentro explorar nossas riquezas naturais?
Podemos dividir água por solidariedade e empatia com os que não podem pagar e cobrar alto dos que podem. Podemos decidir o que fazer. Só não podemos deixar que decidam por nós ou que nos tomem essas riquezas.
Se a população mundial deve aumentar em mais de 2 bilhões de vidas nos próximos 30 anos, passando de quase de 8 bilhões para quase 11 bilhões de pessoas, aumentará a poluição dos rios, mares e ar e, com isso, também a demanda por alimentos saudáveis e por água potável.
A água é insumo e produto. Que estejamos prontos, para prover o mundo com valorizados alimentos produzidos aqui, a partir de água limpa. Que tenhamos a água como elemento valorizador da produção e como valor isolado absoluto, certos de que já vale muito e logo valerá mais, muito mais do que se possa imaginar e do que hoje possam representar os números e as cores impressas em notas e títulos de qualquer país.