Alexandre Nardoni, de 45 anos, abriu nessa quinta-feira (6/6), 30 dias após sua progressão para o regime aberto, uma microempresa individual (MEI) para poder declarar à Justiça ter uma ocupação profissional.
A comprovação de uma ocupação lícita é uma das exigências da Justiça para que ela possa cumprir o restante da pena de 30 anos pela morte da filha Isabella em 2008 fora da prisão.
Ele tinha 90 dias para apresentar uma ocupação. Além da abertura da empresa, a defesa de Nardoni também apresentou à Justiça um contrato firmado entre a microempresa e a empresa do pai dele, que fica no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo.
Pelo contrato, Nardoni vai trabalhar, presencialmente ou remoto, como promotor de vendas de apartamentos novos e usados, além de supervisionar e acompanhar obras novas ou já finalizadas pela construtora do pai.
Alexandre Nardoni vai receber um salário de R$ 2,5 mil por mês e sua jornada de trabalho será de segunda a quinta-feira, das 8h às 18h, e, nas sextas, das 8h às 17h, “como forma de compatibilizar o horário com o funcionamento do escritório”.
A mulher de Nardoni, Anna Carolina Jatobá, foi testemunha do documento firmado entre ele e a empresa do pai.
Solto há um mês
Alexandre Nardoni foi solto na tarde do dia 6 de maio. A Justiça concedeu a progressão dele para o regime aberto após pedido da defesa de Nardoni há um mês.
Em liberdade, ele deve passar a morar na casa do pai, na zona norte da cidade de São Paulo, com a família.
Em nota, o advogado de Nardoni, Roberto Podval, disse que “a decisão é irretocável” e que, “se não pensarmos na ideia de reabilitação, a pena terá um efeito perverso”.
A decisão do juiz José Loureiro Sobrinho, de São José dos Campos, contrariou manifestação do Ministério Público (MPSP), que queria que o reeducando fosse submetido a exame criminológico e ao teste de Rorschach, para comprovar se ele tem condições de ficar em liberdade.
Com informações do Metrópoles