Apesar da simbologia do número, os dados dos últimos dias mostram os efeitos redutores das medidas de enfrentamento adotadas pelo Governo do Amapá, em parceria com as prefeituras.
A taxa de recuperados, por exemplo, se aproxima de 60% – atualmente está em 59,4%. O estado também reduziu o número de amostras acumuladas, que agora estão em 4.429 – indicador que chegou a ficar acima de 10 mil por vários dias.
Esse número deve cair ainda mais nos próximos dias com os resultados das 3 mil amostras enviadas para o Instituto Evandro Chagas, na última quinta-feira, 2. Isso porque o Amapá está entre os estados que proporcionalmente mais consegue diagnósticos de covid-19. O número oficial de infectados cresceu devido à testagem em massa feita em parceria com laboratórios de fora do Estado – como Evandro Chagas, em Belém (PA) e a Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ).
Ontem, 5 de julho, a capital Macapá e outros 10 municípios não registraram nenhum novo caso confirmado, apenas descartados.
Já no boletim informado pelas prefeituras nesta segunda-feira, o número total de novos casos é 121, destes, 28 na capital Macapá. Os demais 93 estão distribuídos em 8 municípios. E 5 municípios amapaenses (Serra do Navio, Vitória do Jari, Tartagalzinho, Cutias do Araguari e Pracuúba) estão há dois dias sem registro de novos casos.
Outro dado importante que aponta a redução dos casos é a taxa de letalidade (número de mortos em relação ao de infectados, do Amapá, que também continua entre as mais baixas do país, 1.5% – atrás de apenas de Paraná e Mato Grosso do Sul.
Apesar disso, o Governo do Amapá prossegue com o cinto do isolamento social apertado. Ainda estão em vigor as medidas de distanciamento e funcionamento de algumas modalidades de empreendimentos para evitar aglomerações e cenários favoráveis à disseminação do vírus.
Voltando ao normal
Em entrevista para o jornal A Gazeta, edição de domingo, o reumatologista Marco Túlio Franco, médico que compõe a linha de frente do protocolo de tratamento no novo coronavírus do Amapá, falou sobre o cenário atual que enfrentamos e o que se deve esperar para os meses que estão por vir.
Sobre o cenário pandêmico vivido hoje, o médico explicou que, com o início dos protocolos de tratamento sendo executados precocemente, o número de casos graves tem diminuído. Também nas UTIs, o tratamento mudou e os pacientes passaram a ser liberados antes.
Mas o médico alertou que os casos continuam sim no Amapá, só que em menor proporção. Esses casos já não internam tanto por causa do protocolo de tratamento precoce que tem feito muita diferença, mas as medidas de prevenção e cuidados, como o uso de máscaras, distanciamento social e medidas de higienização precisam continuar.
A boa notícia é que, se a queda no número de casos positivos continuar, o médico acredita que em três meses as atividades em geral possam ser liberadas, mas até lá, reafirmou, temos que manter as medidas de segurança.