A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda reajustar a tarifa de energia no Amapá em 17%. A proposta de reajuste de 44,4% para os amapaenses, feita no ano passado, mobilizou políticos e o governo federal interveio. Caso fosse autorizado, os amapaenses teriam a tarifa mais elevada do país.
A Companhia de Energia do Amapá (CEA) foi privatizada em 2021 e adquirida pela Equatorial Energia no ano seguinte. Desde então, a Equatorial pleiteia reajuste tarifário para ser ressarcida pelos investimentos realizados e pelo aumento de custos e redução de benefícios concedidos nos últimos anos.
O Ministério de Minas e Energia conseguiu barrar o reajuste de 44,4% na conta de luz do Amapá por meio de uma medida provisória, assinada em abril deste ano. Graças a ela, R$ 224 milhões da desestatização da Eletrobras foram destinados para reduzir a conta de luz dos amapaenses.
Graças a ela, R$ 224 milhões da desestatização da Eletrobras foram destinados para reduzir a conta de luz dos amapaenses.
Meses antes de lançar a medida, o ministro de minas e energia, Alexandre Silveira (PSD), tinha adiantado que o governo gastaria cerca de R$ 350 milhões para conter o reajuste de energia no Amapá.
Na época do anúncio da MP, Silveira veio até ao Amapá com o presidente Lula. Consultada, a Aneel não se manifestou.
Fonte: Folha de S. Paulo