O empresário amapaense José Edno, conhecido popularmente como “Marujo”, divulgou neste sábado (9) uma nota de esclarecimento negando qualquer participação na chacina que resultou na morte de oito garimpeiros na região do Vale do Jari, na divisa entre os estados do Amapá e do Pará.
Embora seu nome não tenha sido citado oficialmente por nenhuma autoridade policial, o empresário afirmou que decidiu se pronunciar publicamente após perceber que vinha sendo mencionado de forma indireta em publicações nas redes sociais e alvo de comentários na cidade de Laranjal do Jari, onde reside, apontando-o como suposto mandante da ação criminosa.
Na nota, assinada por sua assessoria jurídica, Marujo destacou que é trabalhador, honesto e pai de família, atuando desde os 13 anos para sustentar os seus com dignidade e fruto do próprio esforço. Ele afirmou jamais ter se beneficiado da desgraça alheia, muito menos de pessoas inocentes, e que nunca imaginou passar por tamanha humilhação e injustiça.
O documento relata que, de fato, houve uma invasão criminosa no local onde as vítimas estavam trabalhando, colocando em risco a segurança de todos. Segundo a defesa, homens armados e violentos chegaram a ameaçar trabalhadores e informaram que iriam atrás do empresário e de sua família. Diante da situação, Marujo diz ter deixado a cidade às pressas, temendo por sua vida.
Ainda segundo a nota, as acusações contra ele são falsas, infundadas e não passam de boatos e mentiras. O empresário ressaltou que não presenciou nenhum conflito e que tomou conhecimento dos acontecimentos apenas por telefone. Ele também pediu respeito à sua história, à sua família e reiterou confiança na Justiça.
A assessoria jurídica alertou que acusações levianas e sem provas configuram crime de calúnia, tipificado no artigo 138 do Código Penal Brasileiro. Por fim, a defesa reforçou que está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento adicional e que mantém compromisso com a verdade dos fatos.
Integra da Nota de Esclarecimento:
Em resposta às recentes informações divulgadas nas redes sociais e veiculadas por alguns meios de comunicação, gostaríamos de esclarecer o seguinte: Nosso cliente José Edno, conhecido como MARUJO, citado ainda que de maneira indireta em publicações nas redes sociais que sugerem a participação na chacina que vitimou garimpeiros no Vale do Jari.
Nosso cliente é trabalhador, honesto e pai de família. Desde os 13 anos de idade luta diariamente para sustentar os seus, sempre com dignidade e com o suor do seu rosto, nunca viveu da desgraça de ninguém muito menos de pessoas inocentes. Hoje, vem a público profundamente abalado, mas com a consciência limpa, e dizer que nunca imaginou que um dia passaria por tamanha humilhação e injustiça.
Nosso cliente está sendo acusado de algo que jamais cometeu. Uma acusação monstruosa, cruel, que fere a honra e a paz da sua família. De fato houve uma invasão criminosa em um lugar onde as pessoas estavam trabalhando. Homens armados e violentos colocaram em risco a segurança dos trabalhadores e de todos que estavam lá e informaram aos trabalhadores que iriam atrás do nosso cliente e de sua família.
Por conta disso, fora obrigado a sair às pressas da cidade, temendo por suas vidas. E agora, por causa disso, surgem boatos, mentiras, calúnias dizendo que nosso cliente teria envolvimento com crimes que jamais compactuaria, muito menos cometeria. Nosso cliente só tomou conhecimento dos dois fatos por telefone, eu não estava presente em nenhuma ocasião, não sabendo quais conflitos ocorreram.
Nos solidarizamos com todas as famílias enlutadas, peço que Deus conforte o coração de cada um e que os verdadeiros culpados possam ser responsabilizados. Nosso cliente está à disposição da Justiça para que tudo seja esclarecido. “Confio em Deus, confio na verdade, e confio que tudo virá à tona” (textuais de Marujo). Nesse momento pedimos respeito. Respeito à história do nosso cliente, respeito à família. E principalmente: Justiça.
Qualquer veiculação de informação/acusação de maneira leviana e sem provas é crime de calúnia e pode constituir na prática do crime tipificado no art. 138 do Código Penal Brasileiro. Por fim, reiteramos nosso compromisso com a verdade dos fatos e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.