Metade dos municípios do Amapá tiveram situação de emergência reconhecida devido à infestação da praga “vassoura-de-bruxa” nas lavouras de mandioca. A portaria nº 3134, assinada nesta quarta-feira (15) pela Secretaria de Proteção e Defesa Civil, formaliza a crise que atinge a principal fonte de renda de produtores rurais e comunidades indígenas no estado. O reconhecimento da situação de emergência envolve os municípios de Amapá, Calçoene, Cutias, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba, e Tartarugalzinho.
Para minimizar o impacto da crise sanitária no estado, o Mapa e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (DIAGRO) firmaram um convênio de R$ 2,2 milhões em crédito extraordinário para fortalecer as ações de defesa sanitária e apoiar a estruturação do órgão estadual de defesa.
“O Brasil é uma referência mundial na sua defesa agropecuária, graças a grandes parcerias, em um modelo onde há a participação do Governo Federal, junto com os estados e municípios. Não é diferente nessa emergência sanitária que estamos vivendo para a cultura da mandioca”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Carlos Fávaro.
Medidas emergenciais
Serão implementadas medidas emergenciais em diferentes frentes. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) será responsável por iniciar um projeto voltado à segurança alimentar, com sistemas de cultivo e distribuição de mudas sadias de macaxeiras. Além disso, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em parceria com o MDA e a Diagro, viabilizará casas de farinha móveis. Essas estruturas serão levadas diretamente às comunidades agrícolas e indígenas para que a produção de farinha e outros derivados seja realizada em um ambiente restrito, reduzindo o risco de contaminação da vassoura-de-bruxa.
Para apoiar a renda dos produtores, o Governo Federal também flexibilizou a comercialização da mandioca. O ministro Fávaro explicou que a venda direta para o consumidor está autorizada, mas a mandioca-mansa (macaxeira) deve ser descascada, cortada e embalada ainda na propriedade rural. Já a mandioca-brava pode ser processada na região produtora, e a farinha, posteriormente, transportada para venda.
Paralelamente, a Embrapa está conduzindo pesquisas para desenvolver variedades de mandioca tolerantes à praga. Essas pesquisas são financiadas com recursos próprios da instituição.
Fonte: Governo Federal

