A Operação Artemísia foi deflagrada nesta quarta-feira (3), a ação integrada entre as polícias Civil (PC) e Federal (PF) foi voltada ao cumprimento de mandados de prisão de condenados por crimes contra a dignidade sexual, como estupro de vulnerável e outros delitos correlatos. No total, 26 pessoas foram presas, sendo 25 no Amapá e uma no Pará.

A operação, iniciada em novembro, foi estruturada em três fases. Na primeira, com trabalhos de inteligência e investigação, foram elaboradas as fichas dos alvos e levantadas informações sobre o paradeiro dos condenados. Em seguida, equipes da Polícia Civil e da Polícia Federal foram a campo para confirmar os endereços relacionados aos investigados. A última fase, realizada nesta quarta-feira, compreendeu a deflagração da operação e o cumprimento dos mandados de prisão.
A ofensiva, que segue com investigações e cumprimento de novos mandados, é coordenada pela PC Amapá, por meio da Delegacia Especializada de Capturas (DECCP) e do Núcleo de Capturas, em parceria com o Grupo de Capturas da Polícia Federal (GCAP/PF). O nome Artemísia faz referência à pintora italiana Artemisia Gentileschi, símbolo de luta por justiça após sofrer violência sexual, representando o compromisso das forças de segurança na defesa das vítimas e no enfrentamento aos agressores.
O superintendente da Polícia Federal no Amapá, Milton Neves, reforçou que a operação é fruto de um trabalho contínuo e integrado entre as forças policiais, com foco em criminosos condenados por violência sexual contra crianças e adolescentes.
“Este é mais um trabalho integrado, realizado em conjunto com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública e a Polícia Civil, que ao longo deste ano já efetuou mais de 200 prisões de condenados com decisão judicial definitiva. Nesta semana, com a Operação Artemísia, foram 26 prisões. São casos extremamente traumáticos, envolvendo vítimas desde cinco anos até adolescentes de 17 anos, que deixam marcas profundas para toda a vida.”
Neves ressaltou ainda a importância da efetividade das prisões no ciclo da justiça criminal.
“Não adianta investigar e obter uma condenação se não houver a prisão. Ela é essencial para concretizar o sistema de justiça criminal. Reforço também a importância da imprensa e da sociedade em fornecer informações que nos ajudem a localizar esses criminosos.”

