No Bloomberg Green há um artigo da autoria Eric Roston e Akshat Rathi, publicado às 05:00h do dia 09 de agosto de 2021, “A primeira grande avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas apoiado pela ONU em quase uma década não vê fim para o aumento das temperaturas antes de 2050”, que transcrevo partes:
Um novo relatório memorável dos maiores cientistas do clima do mundo adverte que o planeta vai aquecer 1,5 ° Celsius nas próximas duas décadas, sem medidas drásticas para eliminar a poluição dos gases do efeito estufa. A descoberta do grupo apoiado pelas Nações Unidas coloca em perigo um objetivo fundamental do Acordo de Paris, à medida que os sinais de mudança climática se tornam aparentes em todas as partes do mundo.
Última avaliação científica do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU fala pela primeira vez com certeza sobre a responsabilidade total da atividade humana pelo aumento das temperaturas. Os cientistas preveem que as tendências de aquecimento não terão fim até que as emissões cessem.
“É inequívoco que a influência humana aqueceu a atmosfera, os oceanos e a terra”, escreveram os autores da sexta avaliação científica global do IPCC desde 1990 e a primeira publicada em mais de oito anos. O limite crucial de aquecimento de 2 ° C será “excedido durante o século 21”, concluíram os autores do IPCC, sem cortes profundos de emissões “nas próximas décadas”.
Rapidamente o G1, às 11:11h do mesmo dia 09, reproduz artigo assinado por Matt McGrath, da BBC, que cita: Aquecimento causado por humanos causou danos irreparáveis à Terra que podem piorar nas próximas décadas. “É inequívoco e indiscutível que os humanos estão esquentando o planeta”, diz um dos autores do relatório, o professor Ed Hawkins, da University of Reading, no Reino Unido.
Pois é, não pretendo validar ou não o relatório do IPCC, apenas mencionei os artigos com datas e horários para ficar bem claro na mente de todos a rapidez com que tais notícias se espalham. Vejam bem não quero que ninguém entenda que o fato de divulgar textos “aterrorizantes” de articulistas estrangeiros, que apenas reproduzem parte do relatório do IPCC, significa dizer que concordo ou que estou sendo colaboracionista com a atitude “terrorista” do tal “instituto”.
Pelo contrário, além de não concordar com tal relatório “terrorista” sobre as causas das mudanças climáticas, na minha opinião as sugestões de mitigação dos danos causados pelos seres humanos provocariam a redução drástica na produção de alimentos e causaria a morte de milhões de habitantes dos países mais pobres pela fome. Eu diria, ainda, que a mitigação sugerida pelo IPCC levaria a humanidade se volta à “idade média”. Aproveitando o ensejo, já que transcrevi textos de alguns artigos internacionais, vale transcrever também, textos de um artigo publicado pelo Professor Evaristo Miranda, Doutor em Ecologia e Chefe Geral da Embrapa Territorial, publicado na Revista Oeste em 20 de julho de 2021, sob o título “GEADAS E AQUECIMENTO VERBAL”.
Ondas de frio, nevascas e geadas marcaram o mês de julho e a passagem para agosto no Sul e no Sudeste do Brasil. As geadas deste ano trouxeram prejuízos principalmente para a cafeicultura. Também afetaram as hortaliças, as frutas, alguns cultivos de inverno e até um restinho do milho safrinha. Em tempos de profecias cinzentas sobre mudanças climáticas, aquecimento global e o futuro do planeta, a intensidade do frio invernal gerou na mídia um grande aquecimento verbal.
Especialistas em tudo trataram este inverno subtropical, do Ano da Graça de 2021, como algo excepcional, relacionando-o até ao desmatamento da Amazônia! E, provavelmente, teriam achado as mesmas causas, caso tivesse faltado frio neste inverno. A onipotência de alguns humanos os leva a crer em sua capacidade de alterar o clima da Terra. E em sua onisciência incontestável se creem capazes de consertar tudo e “salvar o planeta”, sob holofotes midiáticos.
As geadas deste ano não têm nenhuma relação com o desmatamento. Nem é preciso recorrer a dados climáticos centenários da meteorologia nacional para atestar sua “normalidade”. Basta observar a ocorrência de geadas, anotadas desde 1882 na Fazenda Santana da Serra, em Cajuru (SP). Foram muitas e de diversas intensidades, em quase um século e meio.
Caro leitor o que mais me impressiona é a “ginástica mental” dos iluminados do IPCC para tornar coerente o fato de que o “aquecimento global” seria provocado pela humanidade descartando quaisquer argumentos que não corroborem os seus como a mudança acelerada do Polo Norte magnético e suas causas, as mudanças orbitais da Lua que ocorrem a cada 18 anos e meio com suas consequências, erupções vulcânicas e outras ocorrências inerentes ao planeta Terra.
Nós, os pobres humanos, que muitas vezes sequer conseguimos controlar as nossas próprias vidas, conseguimos de alguma forma mágica ou divinatória, criar um tipo de aquecimento planetário capaz de gerar frio intenso, geadas, nevascas e enchentes capazes de erradicar toda a vida do nosso planetinha. Lembram da frase “eu tenho a força”?