Foi dada a largada para as eleições municipais de 2024. Como um dos pilares da democracia, oportunizará o cidadão a escolher prefeitos e vereadores. Na capital amapaense há um grande desafio para os eleitores: reconduzir o atual gestor ou escolher seu sucessor. O prefeito Furlan, em todas as pesquisas, desponta como favorito. Não há como negar essa realidade. Todavia, as eleições são um fenômeno em que a lógica, à vezes, é deixada de lado. Os candidatos opositores, então, têm a grande empreitada de enfrentar um oponente incontestavelmente dono da simpatia popular.
Um candidato favorito, como se sabe, possui uma rede de apoio já estabelecida, incluindo alianças políticas, apoio de líderes comunitários e uma base de eleitores leais. Essa estrutura de apoio pode ser fundamental para a mobilização de recursos, tanto financeiros quanto humanos, necessários para uma campanha eficaz. O atual prefeito de Macapá, Antônio Furlan, granjeia uma simpatia singular, mesclando entregas da gestão com conexão máxima com o eleitor que, até o momento, não visualiza nenhum senão para reconduzi-lo ao cargo. É essa carga de positividade que impõe uma gestão eficaz até o dia do pleito. Manter-se favorito requer estratégias específicas, eficientes e eficazes.
A oposição tem o papel nada nobre de revelar a celulite na miss. Desafiar o consenso popular exige medidas de fino apuro. Aqui é que a oposição terá trabalho. O apoio popular é uma conquista processual que implica trabalho árduo. Destruir a simpatia popular em tão curto espaço de tempo é uma tarefa muito difícil. No curso da história e na literatura são raros os casos em que a massa muda de opinião repentinamente. Portanto, destruir o inconsciente coletivo será o papel dos opositores. Não há espaço para amadorismo ou improvisos. Será um trabalho insano, contudo possível, claro, dentro uma probabilidade matematicamente quase irrelevante.
Para os observadores mais argutos, o grande desafio da oposição será diminuir a diferença já estabelecida a priori e o grande trabalho do candidato favorito será não destruir, em níveis comprometedores, sua vantagem competitiva. O apóstolo Paulo, em sua brilhante jornada cristã, dizia sempre que sua corrida não havia chegado ao fim, mesmo com sua devoção incontestável, caminhando sempre na direção do alvo que era ter uma vida semelhante a de Cristo Jesus. Há de se imaginar que o atual prefeito Furlan também trilhe por essa lógica, qual seja, de caminhar na direção do podium, sem se importar com o favoritismo. Aos opositores cabe a dura tarefa de dizer aos eleitores que é possível fazer muito mais. A sorte, portanto, está lançada.
As eleições municipais de Macapá
