O Athletico informou, na última quarta-feira, a suspensão do contrato de patrocínio com a empresa Esportes da Sorte e solicitou a interrupção imediata da exposição da marca junto ao clube. O time paranaense também notificou a bet, que está fora da lista de casas de apostas liberadas para atuar em território nacional após o dia 11 de outubro.
Em nota, o Furacão, ainda, pede esclarecimentos sobre a regularidade da operação da casa de apostas, diante dos fatos recentemente noticiados.
O vínculo com a patrocinadora foi assinado no ano passado e era válido por três anos, com bonificação por metas alcançadas, entre eles participações em Libertadores e títulos. O contrato era tido como o maior patrocínio master da história do clube, com um investimento em cerca de R$ 50 milhões.
Por conta da medida do Athletico, a marca não estampará a camisa do Furacão já na próxima rodada, contra o Botafogo, pela 29ª rodada do Brasileirão. Entre as equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, a Esportes da Sorte também exibe a marca nas camisas de Corinthians, Bahia e Grêmio.
Confira nota oficial do Athletico
“O Club Athletico Paranaense informa que notificou a empresa patrocinadora “Esportes da Sorte” da imediata suspensão da execução e exposição de sua marca junto ao Club, com base em prerrogativa contratual e legal, assim como solicitou em prazo determinado que preste esclarecimentos sobre a regularidade de sua operação diante dos fatos recentemente noticiados.
Esta decisão, além de outros fatores envolvidos, decorre da informação divulgada pelo Ministério da Fazenda (SPA/MF) de que as casas de apostas não listadas para operar no Brasil até o final do ano (caso da “Esportes da Sorte”) são consideradas ilegais e seus sites só ficam no ar até 10/10 para que apostadores resgatem valores depositados.”
Entenda o caso
A Esporte da Sorte é uma das casas de apostas que não estão liberadas para atuar no Brasil e terá o seu site suspenso a partir do dia 11 de outubro. A empresa, no entanto, diz que cumpriu com todas as exigências das portarias do Ministério da Fazenda e “entregou toda a documentação correspondente dentro dos prazos estabelecidos”.
“Já estamos em contato com a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA, do Ministério da Fazenda) para solicitar maiores esclarecimentos, uma vez que não existe qualquer impedimento legal para a continuidade da nossa atividade, que sempre ocorreu em conformidade às normas”, disse a empresa, em nota.
Além disso, a Esportes da Sorte é uma das investigadas na operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma suposta organização criminosa suspeita de movimentar quase R$ 3 bilhões com jogos ilegais e lavagem de dinheiro. A “Integration” levou à prisão, inclusive, do CEO Darwin Henrique da Silva Filho.
Com informações de O Globo